terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Bom ano de 2010


Os finais de ano são sempre de reflexão! Pensamos sempre no que queremos alterar para o futuro, colocamos novos objectivos e voltamos a ter nova motivação. Muitas vezes, o problema está depois na operacionalização destes novos objectivos.
O clube, ou melhor, a secção de Triatlo do Clube, irá manter-se em 2009.
Infelizmente o grupo será mais reduzido mas o espírito continuará idêntico ao dos anos anteriores.
Há momentos em que gostaria de ver outra dinâmica no clube. Mais competitividade, treinos de grupo, mais elementos, etc.. Fazer o clube dar um salto qualitativo. No entanto, isso acresce mais responsabilidade, outro tipo de envolvimento pessoal e mais tempo de disponibilidade. Tempo que honestamente não tenho nesta fase da vida.
Iremos manter o carácter participativo sem grandes objectivos classificativos.

Pessoalmente não tenho grandes planos para 2010. Com o nascimento do meu 4º filho, não faço ideia como será a minha vida daqui para a frente. Tudo farei para tentar treinar e manter o meu nível actual. Mas é uma incógnita.
Em termos de provas, gostaria de participar em Triatlos longos. Tinha em mente o Tri Star, o campeonato da Europa de Longa distancia em Espanha e o X-Terra da Figueira da foz. Mas não posso fazer grandes planos. Para os longos é preciso treinar algumas horas. E ir a Espanha vai ser complicado. O mais provável e focar-me nos Triatlos Olímpicos e fazer aqui ou ali uns Triatlos Sprint.

Neste final de ano tenho-me dedicado à natação. A escola de natação Nadarbem lançou-me o objectivo de elevar o meu nível de natação. Criamos um grupo de 3 elementos e procuramos fazer 3 sessões semanais: Uma é acompanhada pelo João Gloria.
E tem resultado. Já sinto melhorias. Especialmente ao nível da velocidade.
Por curiosidade, junto segue o meu workout the hoje. Cumpri, mas foi bastante duro.

Aquecimento:
3 X 150 crol
4 X 75 crol a sair ao 1:30min
*Chegar em cima de 1:10min
Sessao Principal:
3 X (5 X 100)
* 2min de descanso entre cada 5 X 100.
* Sair ao 1:45min. Chegar sempre a 1:35min ou menos.
Voltar à calma:
1 X 200 descansar

A todos bons treinos e um bom ano de 2010

Paulo

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Maratona de Amesterdão - Resumo do Marco



Viva! Agora já lá vão duas!

Mas esta com menos dor e em menos tempo. Foram 3h05m03s a sofrer.

É verdade, ia bastante receoso, pois nas ultimas 3 semanas já andava a analgésicos com dores por trás do joelho. Talvez da muita carga. Com o aliviar do treino nas ultimas semanas as dores abrandaram.

A maratona correu bem , passei á meia maratona com 1h30m e ainda bem. Aos 30km as primeiras dores e com elas o abrandamento do andamento. Depois foi gerir até ao fim.

Tinham-me dito que Amesterdão tinha muito mais publico e mais atletas que em Lisboa. Isso ajuda na motivação. A juntar a isso, o tempo estava fresco e o percurso é todo plano. Resumindo, reuniram-se bastantes factores para uma boa corrida.

Já agora, para quem não conhece, Amesterdão vale mesmo apenas conhecer. Eles fazem tudo com as bicicletas, só vendo...

Em resumo correu tudo bem.

Um abraço

Fidalgo

Triatlo do Estoril - "Just a Perfect Day" - Crónica do Teles



Ultimo Triatlo do ano.

Já não competia desde a prova de Aveiro. E estive até à última semana sem saber se participaria. Não estava nos primeiros 80 do ranking e tive que pedir autorização para participar. A qual apenas chegou na semana na prova.
O treino andava algo sem foco. Especialmente a natação. Andava a nadar em média duas vezes por semana, mas sem grande estrutura e vontade de sofrer. A corrida tb andava pouco estruturada. Mantinha o volume normal de treino, mas sem planeamento. Tentei uma abordagem mais pragmática. Participar em provas de atletismo entre 10km a 15km. Mas apenas consegui fazer uma, pois a logística caseira, anda complicada. O ciclismo era o mais estruturado de todos. No entanto, por não andar a competir, não sabia onde estava. O descanso para a prova foi longe do ideal. O normal quando se tem uma família numerosa e um trabalho. Felizmente nas 3 noites que antecederam a provas, consegui dormir razoavelmente.·

O Domingo estava esplêndido para a prática desportiva. O Mar fantástico. Completamente flat, SOL e uma temperatura muito agradável. A partida foi dada à hora certa. 11h.

Dado estar "desconfiado" da minha natação, iniciei a prova com prudência. Assim que rondei a primeira bóia, procurei uns pés e assim fui durante mais de meia volta. Na entrada para a 2a volta, acelerei um pouco e passei os pés que estava a seguir. Via um grupo ligeiramente a minha frente, uns 20s. Tentei acelerar ainda mais um pouco, mas não conseguia encurtar a distância. Optei então por moderar o ritmo e ver se não perdia muito terreno. Ainda consegui ultrapassar um elemento desse grupo, mas apenas porque vinha em quebra. Assim que entrei na T1 percebi que as minhas normais referências estavam nesse grupo que tinha saído 30s à minha frente. O Bruno, o Jose Magalhães Dias e o Sica. Não era bom sinal, mas não era o fim do mundo. Sabia que viriam ciclistas fortes de trás.

Rapidamente me vi inserido num grupo de 4 elementos, onde o ritmo era baixo. Os grupos à nossa frente iam ganhando terreno ligeiramente. Mas reparei num elemento de vermelho que se vinha aproximando aos poucos. Era o Carlos Gomes. Agora era esperar e ver se conseguia ir com ele. No entanto, para minha surpresa, já no início da 3a volta, ele passou...mas inserido num grupo que nos estava a dobrar. O grupo do José Estrangeiro. Hesitei por breves momentos se iria responder, mas respondi. Talvez por uma questão de consciência (não e permitido ir na roda de grupos em voltas diferentes), numa fase inicial limitei-me a ir na sua roda. Tinha algumas dúvidas se conseguiria suportar o ritmo do grupo, mas percebi que sim. Até com relativa facilidade. Depois fomos absorvendo os pequenos grupos que seguiam na nossa frente. A entrada para a 8a volta, foi fácil perceber que o grupo dos "dobrados" já era superior ao dos atletas que entraram para a T2 nessa altura:) Desde a 6a volta que ia a sentir ameaças de cambreas e para as evitar, optei por fazer a T2 sem tirar os pés dos sapatos (é nessa altura que elas surgem). Isso fez-me perder algum tempo.

Não era relevante. Sabia que no meu estado de forma dificilmente ia conseguir correr depois daquele ritmo na bicicleta. E assim foi, uma corrida fraquita. O meu ritmo cardíaco andava entre as 155-160 bpm. Em condições "normais" deveria ir próximo das 165 bpm. As pernas pesavam e não conseguia imprimir um ritmo mais forte. A corrida até acabou por ser "pouco sofrida". Custou a gestão psicológica da 1a volta, mas depois foi tipo "piloto automático" ate final. No final, a enorme satisfação por ter terminado mais um Triatlo Olímpico, dentro de uma prestação algo surpreendente para o meu nível de forma actual.
Uma fantástica manha. No regresso a casa, já no carro, passou na radio o "Just a Perfect Day" do Lou Reed. Nem de propósito.

Paulo

Triatlo do Estoril - Crónica do Bruno



Boas,

Mais um Campeonato Nacional de Triatlo no Estoril.
Desta vez, num formato diferente, uma vez que se tratava da etapa final de uma série de quatro provas onde contavam os três melhores resultados e onde a pontuação na prova do Estoril seria a dobrar.
Tenho vindo a treinar com maior regularidade e as sensações têm sido boas.
A água convidava a um mergulho e o mar tinha as condições ideais. Atrevo-me a dizer que, nesta altura do ano, na Europa só em Portugal poderia haver condições como as deste fim-de-semana para a prática de um triatlo. Nem de encomenda.
Como fiz mais treinos de natação nas últimas quatro semanas do que no resto do ano, foi com alguma naturalidade que fiz o meu melhor segmento de natação desta época. No fim da primeira volta, vi à minha frente um pequeno grupo de nadadores. Não estavam longe e esforcei-me bastante para os apanhar. Como nadavam muito juntos perdiam algum tempo na passagem pelas bóias e foi precisamente na última viragem antes da saída para a praia que consegui estabelecer contacto com eles. Nada mau, desde o ano passado que não saía com aquele pessoal. Soube-me bem.
Uma boa transição e lá vamos nós para a dureza…
Encaixei bem atrás de um pequeno grupo e a coisa estava a correr bem. Pelo menos as primeiras voltas foram tranquilas…
Num dos retornos observei que vinha atrás de nós um grupo bastante numeroso com excelentes ciclistas e que rapidamente nos iriam absorver. Preparei-me para esse momento mas ele aconteceu no pior sítio possível, que foi no início da rampa mais difícil do percurso, pouco antes de um dos retornos. Ora, eu encontrava-me junto ao passeio e atrás do grupo onde estava inserido, grupo esse que não reagiu de imediato. Fiquei “entalado” entre o passeio e ciclistas menos fortes, o que fez que, quando pude acelerar, já tivesse alguns metros de atraso para o grupo da frente. Como sabem, após o retorno há uma descida pronunciada, seguida de uma curva complicada que antecede uma longa subida, embora pouco pronunciada. O tempo que tinha perdido não foi possível recuperar e fui vendo o grupo distanciar-se lentamente. O destino da minha prova traçou-se aí. Estávamos a meio do segmento de ciclismo.
Fiquei sozinho com um atleta sub-23 do Alhandra com um nível de ciclismo semelhante ao meu, para mal dos meus pecados. Um atleta madeirense que tinha vindo connosco desde a transição, quebrou muito e arrastou-se até ao fim.
Ao ver o grupo afastar-se desabafei com o meu companheiro que não devíamos ter perdido aquele pelotão, ele respondeu-me que não podíamos tê-lo feito por este não vir na nossa volta. Ficou surpreendido quando lhe disse que apenas os atletas da frente vinham com uma volta a mais do que nós e que a maioria dos ciclistas que vinham naquele pelotão tinham saído atrás de nós da água e que estavam a aproveitar o trabalho de ciclistas mais fortes.
É que dá fazer poucas provas. Não se conhece o pessoal nem se sabe o nível de cada um.
Lá fizemos pela vida até à segunda transição, onde chegámos bastante desgastados. Como estão “carecas” de saber, o facto de não treinar ciclismo faz com que chegue à T2 muito desgastado e que, quando começo a correr, não consigo imprimir um ritmo minimamente semelhante ao que tenho em treino.
Desta vez para ajudar à festa ainda passei por dificuldades durante a primeira volta com uma “dor-de-burro” nada usual em mim. Mas lá passou e tentei correr o mais depressa que consegui até à meta.
Cheguei ao fim com a sensação de dever cumprido mas com a consciência que podia ter ido mais longe.
Seria um bom final de época. Mas ao menos sinto que voltei a estar a um nível mais razoável e que para o ano estarei bem melhor do que estive nesta época que agora acabou.
Fiquei contente com a prova que fiz se bem que não foi tão bem conseguida com o a que disputei em Setúbal, foi mais parecida com a de Aveiro, infelizmente. Mas este ano havia a condicionante de serem poucos atletas em prova, ou seja, não teria muita companhia durante os segmentos de ciclismo e de corrida. Foi mesmo pena ter perdido aquele grupo pois tinha corrida para disputar outra classificação do que o 60º lugar. Portanto, tendo em conta todos os factores foi muito positivo.
Ouvi muita gente dizer que agora ia descansar. Farto de descanso estou eu. Pouco fiz durante o ano, portanto agora é tempo de treinar e preparar as próximas provas. Já no próximo Domingo disputa-se a grande (em organização, nível competitivo e participação popular) Corrida do Tejo. E em seguida irei preparar-me o melhor possível para a Maratona de Lisboa, em Dezembro.
Por falar em Maratona, os meus parabéns ao Marco Fidalgo que ontem terminou a Maratona de Amesterdão em 3.05.03. Muito bem! Espero que estejas contente e que para o ano consigas melhorar esse registo. Boa recuperação.

Para o resto do pessoal um forte abraço e bons treinos
Bruno

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Triatlo de Setubal - Novo Milagre do Bruno!



Boas,

Mais uma etapa do Campeonato Nacional, desta vez em Setúbal.
Quando cheguei ao local da prova vi que a coisa não ia ser fácil.
Umas setas na estrada indicavam uma subida bem difícil. Eu pensava que a fazíamos no ciclismo mas afinal era para a corrida…
O mar também estava difícil e afigurava-se uma natação muito “agitada”.
Depois de feito o check-in, fui aquecer para dentro de água e rapidamente verifiquei que a ondulação e corrente iam ser factores a ter em conta no segmento de natação.
Na partida “fugi” para o lado esquerdo para evitar a molhada do costume e os “desorientados” que andavam aos ziguezagues, visto ter sido muito complicado ver as bóias com aquela ondulação.
Se alguns já andam aos papéis com o mar calmo imaginem com ondas que nos fustigavam com alguma violência.
O início foi bastante complicado mas a partir do momento em que fiquei mais liberto de companhia, pude imprimir um ritmo bastante aceitável, sempre a lutar com as condições adversas do mar.
Depois de uma primeira transição perfeitamente normal, comecei a pedalar e não demorou muito a passar um grupo que me parecia ir a um ritmo aceitável para as minhas capacidades.
As coisas até não correram mal. Havias zonas de empredado e curvas bastante apertadas que tornavam o ciclismo algo técnico e era preciso ter alguma atenção.
No fim da terceira volta passei por algumas dificuldades físicas e tive que deixar o grupo ir embora. Rolei uns kms ao meu ritmo com dois retardatários na minha roda até que apareceu outro grupo a rolar a um bom ritmo. Como tinha descansado um pouco, aumentei o ritmo, deixei os meus companheiros de ocasião e juntei-me a este novo grupo. O ritmo era muito forte e foi com algum esforço que me aguentei com eles. O trabalho era feito por apenas dois triatletas que iam a pedalar muito bem. No retorno mais distante do PT, vi que era o único que tinha conseguido seguir na roda daqueles ciclistas o que me deu alento para aguentar até ao fim pois faltava apenas mais uma volta e meia. Na última volta ainda ganhámos algumas posições pois há sempre pessoal a dar o “estoiro”, ou pelo menos a acusar algum desgaste ao fim de 40 kms. Andou-se bem depressa em Setúbal.
Quando comecei a correr, senti-me bem e com vontade de recuperar o maior número possível de lugares. Ao fim de algumas centenas de metros aparece uma “senhora” subida com uma inclinação muito grande e que durava e durava…
Não me lembro de uma subida tão dura num triatlo. Ainda por cima tínhamos que fazê-la quatro vezes… não foi nada fácil.
Dei tudo o que tinha e no fim fiquei bastante contente com a minha prestação.
Uma palavra de incentivo e apoio para o Jorge neste regresso aos triatlos, logo num “olímpico”. Agora é continuar com a motivação em alta.
Tenho vindo a sentir-me melhor de dia para dia e espero sinceramente que seja desta que, definitivamente, volto a treinar “normalmente” de maneira a conseguir desempenhos mais “aceitáveis”.

Um abraço e bons treinos
Bruno

Triatlo de Setubal - O Regresso do Jorge

Viva, Viva,

Setúbal,

Sem dúvida que tinha grandes expectativas por esta prova, por ser “Olimpica” e por ser em Setúbal, onde os meus sogros moram como tal conseguia ter uma deslocação tranquila, uma vez que a família ficava entretida, enquanto eu ia brincar aos atletas…

Outra coisa engraçada foi poder ir á Lance, ou seja fui de bike, fiz e prova e voltei de bike…. Ganda pinta..

Para começar duas novidades, nome no PT ….. e tempo máximo por segmento….

E aqui começou o stress pois a água estava com ondulação e aparentemente com corrente forte (uma das bóias não parava de ser arrastada).. o que me levou a ter receio de exceder o tempo máximo.

Mas apito e lá vamos nós de máquina de lavar….. e até não estava assim tão mau, apenas tínhamos que sincronizar o momento de respiração com a subida na onda, pois caso contrário estávamos a meter água.

No fim da primeira volta estava com 15 minutos o que me deixou descansado, e a segunda volta foi ligeiramente pior possivelmente pelo acumular do cansaço , mas senti aquele feeling de Maratona, na qual quando completamos metade da prova ainda vamos frescos como se tivesse acabado de começar, … é tudo uma questão de mind…

A transição não foi má, até deu para calçar meias pois não estou habituado a correr 10km descalço.

E lá começou o ciclismo, o percurso não é mau, muito rolante mas com partes com paralelo péssimas.

Como é habitual, a minha passagem de deitado para o ciclismo faz com que durante um certo tempo (em Setúbal 2 voltas) me sinta enjoado e a libertar pedaços não digeridos…. Como estava a 175Bpm optei por ir sozinho de forma a baixar o ritmo, não sofrer, gozar e prova, pois esta era longa. Só na 4ª volta é que apanhei boleias, e sem dúvida que o ritmo em companhia não tem nada a ver… é passar de 28 para 38km…

Nova transição rapidita.. e lá começou o segmento mais fácil para mim, mas tb o mais exigente fisicamente. Aqui o problema foi uma subida realizada 4 vezes, para depois descer sempre com carros por companhia em fila, o que não é melhor coisa. Penso que comecei bem, mas o cansaço acumulado foi implicando um decréscimo de ritmo.

E lá acabei o Olímpico….. feliz e mais fresco que no Aquatlo. ..

O problema é depois….quando olhamos para os parciais, e parece que andámos a passear… tento ser racional e pensar que sem treino consistente não posso exigir grandes tempos, tenho que sentir que as provas são puro gozo e não sacrifício.

E agora Maratona em Dezembro e pelo meio um curso de natação… para descontrair

Abraços

Novo Milagre do Bruno

Boas pessoal,

Serve o seguinte texto para resumir a minha participação na Maratona de Berlim deste fim-de-semana. Fiz a marca de 3h 04m 57s. 1493º entre quase trinta mil participantes.
Basicamente fiquei a 5 segundos da minha melhor marca, em Lisboa, conseguida há dois anos.
Até aos 30 kms ia para um tempo abaixo das 3 horas mas a partir daí o cansaço era muito, as pernas pareciam ter chumbo e os kms cada vez maiores.
Aos 35 kms ainda ia com ideias do RP mas não deu. No último km era tanta gente a aplaudir que me deixei ir na onda, comecei a acenar ao público e nem me preocupei com o tempo final.
O pior ainda estava para vir. Comecei a ter sensações estranhas pouco depois de ter sido massajado por duas belas alemãs (só isso valeu o preço da inscrição…).
Tive de me deitar algumas vezes pois não me conseguia equilibrar. Escusado será dizer que foi um enorme suplício chegar até à “hostal” onde estava alojado. Fiquei mesmo muito maltratado.
Depois de mais esta experiência dou por mim a pensar que ando a levar o meu corpo a extremos há demasiado tempo e isso tem de mudar. Digo sempre isto mas tenho mesmo de fazer algo para mudar esta situação. O mais fácil será mesmo treinar...
Das nove maratonas que finalizei, esta foi a fiz com menor preparação e o resultado até nem é muito mau. Um percurso rápido, um extraordinário apoio do público e uma dose enorme de espírito de sacrifício e força de vontade fizeram com que mesmo sem o treino que considero minimamente adequado para a distância da maratona conseguisse finalizar mais este desafio.
Espero conseguir preparar-me melhor para a Maratona de Lisboa, em Dezembro. O objectivo será apenas preparar-me bem sem me preocupar com tempos ou classificações, tal como o fiz para Berlim, só que desta vez espero mesmo treinar…

Bruno

Um abraço e bons treinos
Bruno

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Provas ITU


Este ultimo fim-de-semana, tive oportunidade de assistir na televisão à última prova do circuito ITU. A grande final, disputada na Austrália. Sem duvida, que o nível competitivo na IUT é tremendo.
Do que vi, gostava de salientar o seguinte:

- A grande prestação do Bruno Pais. Aprendeu a arriscar. Muito melhor um 13º com uma exibição daquelas, que um 8º ou 9º, escondido no pelotão. É claro que sendo apenas dois na frente, as hipóteses de ganhar são escassas. E nem tem tanto a ver com a vantagem que podes ou não ganhar, mas sim pelo desgaste que acumulas. Passas muito tempo na frente a “puxar”, e “pagas” esse esforço na corrida.

- A grande prova e resultado do João Pereira. A demonstrar que “deu o salto” na natação (algo que em piscina já sabíamos, mas que em prova nem sempre tem sido o caso). Que o diga o Miguel Arraiolos, que continua no minuto 18.
Sei que a fraca evolução da natação de alguns dos elementos do CAR tem sido tema de discussão interno na FTP. O que é bom sinal. Analisar os resultados e equacionar os métodos.

- Mais uma desistência da Vanessa. Sei que teve algumas lesões este ano, mas não é justificação. Acredito mais em falta de motivação para treinar novamente de forma afincada. Afinal de contas, a “Vida Normal” tb é boa…sair à noite…namorar…beber um copo…. Parece mais falta de motivação e focus. Espero que reencontre a motivação rapidamente e volte em grande em 2010.

- Por ultimo, o nível de corrida dos homens. Aquela corrida entre o Gomez e o Brawnlee. Tremenda. O melhor que já vi. E gosto sempre de tirar o chapéu ao Frodeno. Com 1,94 m, a correr daquela maneira. É obra! O que valida a teoria de quanto maior melhor…desde que o equilíbrio mecânico se mantenha. Vejam o caso do Usain Bolt!

PT

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Aquatlo de Sesimbra - Uma nota Poetica

Um Poema do Jorge Vieira:)

Escrito a ouvir Likin Park...hands held high

http://www.youtube.com/watch?v=chxlz8Pw6Dw

"É bom estar de volta,

Passar pela rua e cumprimentar caras conhecidas,

Incentivar e receber “força Jorge”,

É bom sentir que os anos passam devagar pelo nosso corpo, e que continuamos com coragem para lutar..

É o nosso desafio só compreensível para quem o vive ….

Voltar a nadar, depois de um ano fora de água

Partir

Ficar sozinho depois das toucas amarelas desaparecerem

Pensar que sou o último… de procurar o cheiro da gasolina do barco de apoio, mas afinal não estão lá….

De esperar pela molhada na bóia

De conseguir tirar o fato

De correr, de aguentar a pulsação, de recuperar lugares perdidos na água

Acabar no limite… não poder parar para não apagar….

Mas feliz por não ter perdido um lugar, por ter lutado, por ter vivido aquela tarde………

Sonhar em voltar……"

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Regresso de Férias

Depois de umas excelentes ferias com a família, estou de volta a "base". Uma semana de praia e uma semana de campo. Muito bom. Por norma, treino pouco nestes períodos. Mas este ano, até consegui treinar mais do que o normal. Dois dias sim, um dia não. Bem, não foi bem treinar, foi mais fazer actividade física e desfrutar da natureza de alguns locais onde estive. Tudo com muita calma, nada de grandes empenos.

O meu plano competitivo pós ferias, passava por ir ao Triatlo longo de Sanabria. Mas a gravidez da Paula começou a correr menos bem. Necessita de estar em repouso e toda a minha vida está a ser alterada em função disso. Ausências prolongadas de casa ou deslocações grandes...estão fora de questão.
Sanabria já não e opção. A ideia e regressar em Setúbal, mas tenho um casamento nesse dia e não sei se conseguirei ir. Depois irei fazer o nacional do Estoril (caso a FTP me autorize, pois se não for a Setúbal, não estarei dentro dos lugares apuramento directo) e tentar novamente a Maratona de Lisboa. Mas tudo depende da forma como a gravidez evoluir.

A equipa regressará à competição já este fim-de-semana no aquatlo de Sesimbra. De salutar o regresso do Jorge Vieira às “provas com água”!
Contamos com ele também para Setúbal.
O Bruno estará na Maratona de Berlim já dentro de 10 dias. Ele tem capacidade para correr em menos de 2h50m, com uma preparação “a serio”.
Resta saber…quanto seria foi a preparação!
E o nosso grande Açoreano luís, continua em estágio de altitude na ilha do Pico! Vai regressar uma fera. Esperamos contar com ele no Triatlo do Estoril!

Bons treinos

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Triatlo de Aveiro. Cronica do Teles

O primeiro Triatlo Olímpico do ano. Uma prova nostálgica.

Desde que existe o Triatlo de Aveiro, que estava na minha agenda faze-lo.
A minha família paterna é de Ílhavo. Tenho casa na Costa Nova e sempre lá passei os meus Verões da adolescência. Esta praia é meu local de eleição. Aveiro foi o destino de muitas noitadas e bastantes boas recordações.
Decidi que deste ano não passava!
Tenho mantido as minhas rotinas de treino, apesar de andar sem nenhum objectivo concreto. A única limitação que tenho é na corrida. Tenho sentido dores na zona da anca sempre que aumento a intensidade. Por isso, limito-me a manter o volume evitando grandes intensidades.

Mais uma vez, não consegui organizar a minha logística de forma a levar a família, por isso, sabendo que a estacão de comboio era próximo do local da prova, decidi ir de comboio. Uma experiencia diferente, mas positiva.

Quanto à prova em si, apesar de não me ter corrido de feição, gostei bastante. Uma natação sem fato, num percurso original. Um ciclismo muito vivo, com vários retornos, algumas subidas curtas e curvas difíceis. E uma corrida de dureza média a passar pelo centro da cidade.

A natação não me correu bem. Cometi dois erros que influenciaram o meu tempo final. Se as partidas são sempre importantes, nesta prova ainda mais o são. Devido à pouca largura do canal, ao fim de 100m, existe um estreitamento do percurso de natação. É fundamental uma boa colocação nessa altura. Até me posicionei bem na largada, mas naveguei demasiado para a esquerda. A determinada altura, tive que fazer uma correcção na trajectória, o que me fez perder alguns lugares. O segundo erro foi na rondagem da bóia a meio do percurso. Existiam duas bóias unidas por um cabo a separar ambos os lados do percurso. Mas não me apercebi disso, e dirigi-me à 1a para a rondar. Cheguei mesmo a passar para o outro lado do percurso. Mas achei estranho ter passado por cima de um cabo:). Quando vi atletas a virem na minha direcção, fez-se luz na minha cabeça. Voltei a passar para o outro lado e segui o percurso correcto. No mínimo, de nabo!

Acabei por sair da água ligeiramente atrás do Carlos Gomes, que é um óptimo ciclista. Mas bastou aquela ligeira subida à saída da T1, para o ver ir embora. Acabei por apanhar “boleia durante ½ volta do Pedro Quintela. Mas precisava de um grupo maior para ir com ele. Em determinadas fases necessito sempre que o grupo estique um pouco para me recompor das acelerações! Andei tb durante algum tempo com o Guga, mas mais uma vez isolado.
A partir dos 16-17km rolei sempre só até final. Mas curiosamente, a partir dos 20km comecei a sentir-me bem. Encontrei o meu ritmo e fui sempre a andar bem. Acabei mesmo por alcançar o António Moura.
Ao chegar à T2, o filme do costume…mal tirei o pé direito do sapato, cambrea no bícepe de perna! Dores, muitas dores, e uma entrada “à coxo” na T2.
No entanto, sei que, se não houver grandes subidas na corrida, as cambreas não voltam.
E assim foi. As duas 1as voltas e corrida foram bastante sofridas, mas finalmente na 3ª soltei-me e a 4ª foi a melhor de todas. Deverei ter feito uns 43m baixos. Nada de especial.

No final, a certeza que não tinha sido a prova da minha vida, mas uma enorme satisfação por ter terminado, e saber que enquanto por aqui andar, é muito bom sinal!
Agora, irei de férias duas semanas em Agosto (uma delas para a Costa Nova) e provavelmente o regresso à competição deverá ser só em Setembro. Provavelmente no Triatlo de Setúbal.
Ainda estou na dúvida se irei ao Trialtlo longo de Zamora. A cenário cada vez é menos provável.
Bons treinos.

terça-feira, 30 de junho de 2009

Abrantes, a “travessia”. Uma decisão de última hora.


Imagem 1: Teles na "Cola" de Sica


Imagem 2: Momento da descolagem
Imagens cortezia de Sica.

A minha ida a Abrantes foi verdadeiramente uma decisão de última hora. Estava inscrito para a prova, mas a decisão de ir, nunca foi certa. A semana que antecedeu a prova foi cansativa. Crianças doentes, noites péssimas, festas de anos, enfim, o descanso ideal:)) Para juntar a festa, como julgava não ir, não abrandei o treino. Como resultado, na Sexta-feira estava muito cansado e no Sábado sentia-me terrível e sem possibilidade de descansar, devido a diversos eventos sociais.
Mas a minha vontade de ir competir era grande, e depois de negociações familiares "intensas" durante o dia de Sábado, consegui a tão desejada permissão de ida, já estava deitado!
Assim sendo, levantei-me cedinho. Continuava a sentir-me cansado e para piorar o dia estava de chuva. Mas talvez em Abrantes não estivesse a chover, pensei ingenuamente. Meti o material no carro e segui caminho. Não fazia ideia do percurso da prova. Imaginava que terias umas subidas, que seria de dureza média. E confirmei isso assim que cheguei. Alem de uma subida bem complicada que se tinha que fazer 3 x, o piso estava bem molhado e a ameaça de chuva iminente pairava no ar. Não eram definitivamente as condições ideais, mas não ia ser isso que me ia demover.
Dado o percurso selectivo, decidi que ia fazer uma natação mais relaxada. Sem doer demasiado. Sem muito desconforto. Sabia que não ia ter pernas para acompanhar os ciclistas mais fortes. A colocação à saída da água não ia ser relevante.
E assim parti. E segui o meu plano. Com mais ou menos dificuldade lá fui indo. Quando sai da água percebi que tinha feito uma razoável natação. O César estava ligeiramente à minha frente e podia ver os do “costume” à minha volta. As dificuldades iam agora começar.
Fiz a T1 sem pressas e segui caminho. Sem grandes loucuras. O piso estava muito molhado. O César ia imediatamente à minha frente. Alcancei-o antes do 1º retorno e seguimos a partir dai quase sempre juntos. Como esperado, alguns bons ciclistas foram passando (Rui Simões, Alcino Serras, etc.). E nem valia a pena gastar muitas energias a segui-los. Na subida não os ia aguentar. Alem disso, os retornos estavam muito perigosos (especialmente o ultimo de cada volta), e a descida, com aquelas condições, recomendava muita prudência. Tenho a sensação que perdi mais tempo na descida e nos retornos que na subida.
Dei-me por feliz quando cheguei à T2! Onde estava um bela peripécia à minha espera! O César ia ligeiramente à minha frente, e de repente, só o vejo desesperado à procura do nosso local. Perdi tb o Norte, e andamos os dois uns bons 30s que nem umas baratas tontas de um lado para o outro dentro da T2. Até que se fez Luz e lá conseguimos seguir juntos para a corrida. Ainda ia a falar com o César sobre a T2, quando ouvi: “juntos novamente”. Era o Sica, a passar por mim! Colei e tentei aguentar o mais que pude. Entretanto a chuva era intensa, os sapatos iam alagados, mas até ia a gostar daquilo. Fui com o Sica até meio da 2ª volta, altura em que passou o Nuno Tintim por nós e ele tentou ir com ele. Eu já ia no elástico e assim que o ritmo aumentou, parti. A partir dai foi encontrar o meu ritmo e seguir até ao fim. No final, fiquei bastante satisfeito. Tinha terminado sem acidentes, e dentro de uma prestação razoável.
Depois de ver o resultado, houve um dado que gostava de salientar. Desde que faço Triatlo, sempre fui um grande “nabo” a correr. É definitivamente, das três modalidade, aquela onde me dou pior. Mas olhando ao parciais, nesta prova, o de corrida, foi o meu melhor!
Agora que venha Aveiro. Tentarei lá estar. A ver se não deixo a decisão para a última hora. Pelo sim, pelo não, vou-me já inscrever.

Bons treinos

Paulo Teles

O Fim de Semana Radical do Bruno


Já tinha tido fins-de-semana “radicais”, mas tão duro como este não me lembro.
Não só foram as três provas, bastante exigentes fisicamente, que fiz em pouco mais de 24 horas, mas também o estado de forma menos bom, que fizeram com que hoje quase não tivesse forças para subir as escadas do metro.
Começou logo no Sábado de manhã, com uma prova de Orientação, de longa distância, no terreno arenoso das dunas da Praia da Vieira, junto à Marinha Grande.
Com uma das minhas melhores provas, senão mesmo a melhor, venci o escalão de Veteranos I, que integrava muitos dos melhores atletas nacionais da categoria. Foi, sem dúvida, a minha vitória mais importante e também a mais saborosa. No início, contava apenas entrar nos dez primeiros. Nem considerava a hipótese de entrar no Top 5, tal era o nível da concorrência. Mas a prova correu-me de feição e com alguma surpresa, inclusive para mim, até deu para ganhar…
Depois de uma tarde de praia, segui para Peniche para participar na Corrida das Fogueiras. Depois da confusão da partida e dos primeiros kms (penso que foi atingido o limite máximo de participantes para aquele percurso.), lá imprimi um ritmo decente, no intuito de apanhar o Mauro, que no retorno após o 1º km tinha um avanço bastante razoável. Os kms foram passando e nem sinal do Mauro. E nem vinha assim tão mal, pensava eu… Quando cortei a meta lá estava ele, tinha chegado 18 segundos à minha frente. Bem me tinham dito que ele andava a fazer séries… Parabéns Mauro. Estás a progredir bem e agora é só manter, principalmente a motivação para treinar. Fiz o tempo de 65.06 min. Não é grande coisa mas tendo em conta o desgaste da prova de manhã, o vento forte e a chuva que se fizeram sentir naquela noite em Peniche, aliados às dezenas de atletas que tive de ultrapassar nos dois primeiros kms, não posso deixar de ficar satisfeito com a minha prova, até porque a forma física não está famosa.
Optei por arrancar directamente para Abrantes e dormir no carro. Sempre poupava kms ao carro e ficava com mais tempo para descansar.
Estava tão cansado que adormeci logo, embora tivesse acordado várias vezes durante a noite com o barulho da chuva. De manhã, doía-me o corpo todo. Não só pela posição desconfortável em que passei a noite mas também pelo esforço do dia anterior.
De manhã, era tempo para mais uma prova. O tempo estava chuvoso mas a temperatura era agradável e até a água estava óptima para um mergulho. A natação correu bem, sem atropelos, que é o que se deseja. No ciclismo, para variar, veio o pior. O percurso tinha vários retornos, uma enorme subida que depois tínhamos de descer. Com o piso molhado, tornou-se extremamente perigoso rolar a grandes velocidades e os ciclistas com mais técnica/coragem tiraram daí vantagem, além de que a subida, que se fazia três vezes, fazia muita mossa e realçava as diferenças entre os que treinam ciclismo e os que não treinam…
Com muitas cautelas cheguei à segunda transição e iniciei o segmento de corrida. As energias já não eram muitas mas dei tudo o que tinha e ainda deu para recuperar algumas posições.
No fim estava novamente muito desgastado. Entre a prova de Peniche e a de Abrantes apenas tinha comido meia barra energética que o César me ofereceu, o que evitou que aquele percurso de ciclismo tivesse feito mais mossa do que fez mas não deixei de sofrer bastante. O Paulo Teles e o César estiveram em excelente plano, que não é nada de novo, mas não queria deixar de realçar a coragem do Paulo Leote em enfrentar aquele percurso de ciclismo podendo apenas usar a pedaleira grande. Foi pena pois tenho a certeza que me tinha apanhado, podíamos ter trabalhado juntos e a coisa tinha custado menos. Vi o Paulo a correr e não ia nada mal... espero que em Aveiro já tenhas resolvido o problema na bicicleta. Sempre é mais uma roda para eu apanhar e depois puxo eu na corrida…
Foi um fim-de-semana “diferente” que não devo repetir (acho que digo sempre isto…).
Três provas e mais de três horas de esforço onde os resultados foram muito satisfatórios tendo os objectivos sido amplamente atingidos. Foi engraçado mas muito cansativo…
Espero vê-los brevemente, se possível em Aveiro.

Um abraço e bons treinos

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Update do Bruno!

Boas pessoal,

Eu regressei agora de duas semaninhas que, embora sem muito treino, deu para fazer umas provas.
Foram dois duatlos e dois triatlos.
Se os triatlos correram normalmente, (Embora em seis participações nunca consegui nadar bem na “multidão” de Oeiras. Não vale a pena. Para o ano vou tentar a prova dos “pequeninos”. Sempre são menos pernas e braços…), os duatlos é que foram um empeno brutal.
O de BTT de Manique de Cima (não sei porque ainda me meto nestas aventuras), começou logo com uma corrida duríssima (duas voltas), continuou com um segmento de ciclismo muito duro e, para ajudar, algo técnico. Para acabar com uma segunda corrida também muito dura (apenas uma volta). Ou seja, foi duro e fiquei com as pernas em muito mau estado.
Neste domingo fui a Arraiolos, já com uma prova de orientação de manhã nas pernas, com muito calor, sem ter tido tempo para almoçar convenientemente (apenas comi uma empada e uma coca-cola num café lá da vila.
A corrida era dura e o calor fez algumas vítimas logo no primeiro segmento.
Depois veio um segmento de ciclismo onde o início era a subir e em empedrado.
Veio o alcatrão, de excelente qualidade, e um percurso ondulante e bastante engraçado.
Estava a gostar da minha performance e as sensações que estava a sentir eram boas até chegar mais ou menos aos 15 kms onde subitamente deixei de ter forças para pedalar.
Nunca tal me tinha acontecido, pelo menos tão repentinamente.
Vinha com o Renato Fidalgo do Painho. Tínhamos saído de um grupo de 6 ou sete duatletas que tínhamos deixado para trás numa fase mais dura. Numa altura em que vinha eu à frente, parece que alguém me agarrou na bicicleta e me estava a puxar para trás. O Renato ainda esperou alguns segundos para que eu me recompusesse, porque dois a puxar é melhor do que só um e eu até ali vinha bastante bem, mas vi que aquilo não era passageiro e disse-lhe para ir embora. Para cúmulo do infortúnio logo depois apareceu uma “parede” com várias centenas de metros pela frente e com uma placa a indicar uma inclinação de 10%. Não foi nada divertido.
A partir daí foi arrastar-me até à T2. Quando sai para a segunda corrida, vinha em nítidas dificuldades. Pela primeira vez na minha vida, tive de andar durante um segmento de corrida num duatlo, ainda por cima sprint. Para terem ideia, andei mais tempo em Arraiolos (2,5 kms) do que em Zurique (42,19 kms).
Quando acabei a prova tive de me deitar por sentia tonturas e vómitos. Claro que não vomitei porque não tinha almoçado…
Tive pena não ter feito uma prova “normal” pois a prova foi gira. Mais uma coisa para anotar no caderno de apontamentos: ALMOÇAR!
Um gajo pensa que aguenta tudo, que é o maior… mas quando elas mordem, dói mesmo muito!

Um abraço e bons treinos
Bruno

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Oeiras é sempre Oeiras

Quatro dias passados após o Triatlo de Peniche, lá esteve o GAA VFX novamente representados num Triatlo sprint. E dada a ausência do Luis, de novo com os mesmo atletas.
Oeiras, para mim, é sempre uma prova especial. O evento coincide com uma semana de feriados em que alguns atletas aproveitam para colocar férias. Mas mesmo assim, é talvez a prova mais participada do calendário. No meu caso, é tb algo nostálgica. Fui criado nesta zona e sabe sempre bem “pisar” as origens.
Apesar das inúmeras alterações ao percurso, a prova não defraudou as expectativas. No entanto, algumas destas alterações colocaram a integridade física dos atletas em perigo.
A partida e a chegada do segmento de natação foram trocadas. A saída da água estava colocada junto ao lado do forte (Oeste da praia) e o percurso até ao parque de transição era imenso. Talvez uns 200 a 250 ou mais. Não se subiram as tradicionais escadas. Este ano foram mesmo as escadas principais de acesso à praia e a entrada na T1 era feita pelo lado Oeste. Como consequência, a saída do parque de transição tb era do lado oposto ao tradicional. Do lado Este.
O segmento de ciclismo foi o que menos alterações sofreu. Mas onde as alterações, a meu ver, foram menos felizes. O retorno da 1ª volta era realizado na rotunda entre a praia da Torre e a de Carcavelos e devido ao facto do segmento de corrida ser todo efectuado na Marginal, parte do percurso de ciclismo apenas tinha uma facha de rodagem. Manifestamente insuficiente para uma prova onde se formam grupos de 30 e mais elementos. Muito perigoso mesmo.
Quanto à prova em si, no meu caso, correu bastante bem. E tudo começou bem no segmento de natação. O mar estava algo “partido” pelo vento, com alguma ondulação. Assim que deu o “tiro” de partida, corri com calma para a água e lá fui. De inicio, como já esperava, muita confusão. E muitas toucas amarelas à minha volta. Não sabia se isso era bom ou mau. Senti alguma dificuldade em encontrar espaço até à primeira bóia (onde estava instalada uma confusão enorme). A partir dai, consegui nadar sem grandes confusões. Adoptei um ritmo forte, mas não “frenético” como em Peniche.
E por isso, pensei que estava a fazer um percurso menos bom. Mas ao emergir da água, vi o José Magalhães Dias (JMD) e o Valdo Neves mesmo à minha frente. Isso era positivo. Eles nadam sempre melhor que eu. Durante a corrida até à T1, procurei “colar-me” ao JMD e até acabei por passá-lo antes de entrar no parque.
Uma T1 com calma e lá fui eu para a bici. Desta vez os sapatos entraram à 1ª e lá estava eu pronto para apanhar uma roda…que mais não podia ser..a do JMD. O ritmo imposto era bom, mas nada de muito elevado. Sabia que mais cedo ou mais tarde, viria de trás um grupo com ciclistas fortes. Procurei não gastar muitas energias e esperar. E o tal grupo apareceu no 1º retorno. Nesse grupo vinha tb o César.
A partir dai era andar no comboio e procurar evitar quedas. O grupo chegou a ter uns30 elementos e na zona de estreitamento da Marginal para uma facha, o espaço entre bicicletas era mínimo e tudo ficava muito perigoso. Felizmente tudo correu bem e não houve acidentes até à T2
Fiz uma razoável T2 e lá segui para a corrida. Não me senti super, mas senti-me bem. Acabei por fazer um segmento razoável (para o meu nível de corrida) embora tenha quebrado ligeiramente na subida após o último retorno.
No global fiquei bastante satisfeito com o resultado. Dificilmente consigo fazer melhor. Mas fica sempre aquele se, se, se! Olhando para os parciais, vejo o Sérgio Dias e o Rui Sousa com menos 20s no segmento de natação. Com menos 30s na água, saltava para o grupo da frente no ciclismo que pedalou 1m mais rápido que o meu.
Mas se a minha avó não tivesse morrido…ainda hoje era viva!
Bons treinos e em principio até Abrantes!

Paulo

segunda-feira, 8 de junho de 2009

De Volta aos Sprints

Neste passado Sábado dia 6 de Junho, o GAA VFX voltou a estar presente numa prova de Triatlo. Desta vez foi o campeonato nacional de “Age Groups”, realizado em Peniche, local do 1º Triatlo alguma vez realizado em Portugal. É uma prova sempre especial.
Para mim, era a estreia em Triatlos Sprint este ano. Embora a tendência actual seja para participar em provas mais longas, estas provas são sempre nostálgicas. E muito sofridas também. As altas intensidades dão conta de mim:)
Presente estava eu, o Bruno, o César e o Leote.
Não tinha expectativa nenhuma para a prova. O objectivo era acabar, divertir-me e tentar aferir o meu estado de forma.
Quando deu o tiro de partida, lá meti a cabeça na água e tentei sair dali o mais rápido possível. Aqueles primeiros 13m são terríveis. Sofrimento físico, pirolitos e encontrões fazem parte do menu durante todo o segmento de natação.
Honestamente, nem sabia quem ia ao meu lado, à minha frente ou atrás de mim. Só queria sair dali! E curiosamente, eu o Bruno e o César saímos da água separados por menos de10s!
A 1ª transição foi rápida. Os problemas vieram quando pus os pés na bicicleta. Acho que me aconteceu de tudo neste segmento. Desde ter demorado uma eternidade a calçar um sapato, de me ter saído a corrente no inicio da 3ª volta, a ter partido o cubo da roda de trás na ultima subida da 3ª volta, a me ter enrolado com outro atleta na T2, foi uma verdadeira festa de percalços.
Mas acima de tudo, muita falta de pernas. Mesmo muita. Tinha capacidade para ir com os grupos mais fortes inicialmente, mas depois nas fases menos selectivas não conseguia recuperar e acabava por “morrer” na próxima dificuldade. Assim passou o Rui Simões, o Carlos Cabrita, o Fernando Carmo e muitos outros! Acho que estou a ficar…velho:)

Mas lá cheguei à corrida na companhia do Bruno. A partir dai fixei-me no objectivo de tentar alcançar o César. Procurei manter o Bruno “à vista” e correr o mais que sei (que como sabem não é muito:)). Ia com boas sensações e fui-me apercebendo que o Bruno se ia distanciando, mas muito lentamente. Era uma boa indicação. No final, acabei por fazer um bom segmento de corrida, embora não tenha chegado ao César por 9s! Verdade seja dita, porque ele correu muito bem. O melhor que já o vi fazer. Muitos parabens, César!
E mais uma vez, grande Bruno. Mesmo sem treinos de bicicleta, continuas imbatível!
E para ti Leote, sempre uma abraço especial. Lutas, lutas, lutas. Mas esses quilinhos a mais não perdoam!
Agora que venha Oeiras, outra das clássicas. Contaremos tb com o Luís Bicudo!
Até nos vamos comer para sair da água em 1º:)

Bons treinos

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Reflexões após o HIM de Lisboa


A maioria de nós tem consciência da importância dos seguintes factores na performance:

> O volume de treino: quanto mais se treina, melhor é a performance. Isto é especialmente verdade junto dos amadores, que têm cargas de treino limitadas. Por vezes, basta mais uma sessão semanal de uma determinada modalidade, para se sentir logo a diferença;
> A qualidade da recuperação. Especialmente a qualidade do sono;
> O treino em grupo. Ter parceiros de treino com os mesmos objectivos e com níveis não muito desfasados.

No entanto, subestimamos muitas vezes estes factores durante o processo de treino.
Após ter terminado o HIM de Lisboa deste ano, dei por mim a comparar o meu resultado de 2008 com o de 2009 à luz dos mesmos.
A minha performance de 2009 foi em termos relativos, melhor que a de 2008. Nadei melhor, pedalei melhor e corri melhor.
Embora o treino seja cumulativo, i.e., todo o treino realizado no passado tem importância no actual, a verdade é que olhando apenas os 4 meses anteriores à prova, treinei o mesmo, ou talvez menos. Mas o resultado foi melhor!
E a explicação está nos últimos dois factores acima indicados.

Qualidade de recuperação.
No ano passado, a Catarina era bebé. As noites eram terríveis (não que agora sejam boas, mas são aceitáveis). Cheguei a dormir uma media de 5 a 6 horas em certas semanas. E mal dormidas. Na prática, tinha muitas dificuldades em recuperar!

Treino de grupo
Já no ano passado, fazia uma sessão semanal de corrida em grupo. Embora com objectivos distintos, pois a maioria dos atletas corre maratonas, por vezes em algumas sessões mais duras, sempre se consegue arranjar companhia. E isso ajuda.
Este ano procurei manter essa prática na corrida e por coincidência arranjei um parceiro para os treinos de natação com um nível muito parecido ao meu. E fez a diferença. As sessões de qualidade melhoraram muito, mesmo muito. Só no ciclismo é que devido à minha logística familiar, é-me difícil encontrar parceiros!

E continuo a querer melhorar. A questão é saber como!
No meu caso particular, aumentar o volume de treino mais não faz sentido. Estou já no limite. Por um lado pelas limitações temporais impostas pela família e pela profissão, por outro, pelo aspecto psicológico. Se treino mais, começo a achar que existe demasiado Triatlo na minha vida (ás vezes já acho) e não vejo isso como positivo.
A motivação vem de encontrar o balanço certo entre tudo. A fórmula para melhorar é descansar mais e melhor, especialmente de noite e procurar parceiros de treino para o ciclismo de forma a melhorar a qualidade das sessões.

Resumindo, não descurem o descanso e façam do Triatlo uma forma de socialização. Um desporto em que o processo de treino é colectivo e não individual. Desfrutamos mais e até os resultados são melhores!

Bons treinos para todos

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Triatlo Longo de Lisboa - Crónica do Paulo

Como prometido, cá vai o resumo da minha prova.

Apesar de ter tido um descanso longe do ideal na semana que antecedeu a prova, desde 5a feira que me sentia bem e preparado para o evento. Após uma noite mal dormida (por vezes ainda me sucede no dia antes das provas), levantei-me com as galhinhas, comi, equipei-me e rumei na direcção da Expo.
Fiz o check in tranquilamente por volta das 7h. Durante o mesmo cometi um erro de principiante, que me poderia ter afectado bastante a prestação no segmento de ciclismo. Para transportar a bicicleta no carro, tirei ambas as rodas. Quando voltei a por tudo no lugar...não experimentei o material. Já vos conto o que sucedeu.
Socializei um pouco e com calma dirigi-me para a rampa da marina. Vesti o fato, meti-me na água e fiz 10m de aquecimento muito ligeiro. Procurei colocar-me bem na linha de partida e GO...parti!
As primeiras braçadas foram mais “submarinas”. Os bons nadadores vieram de trás e passaram literalmente por cima de mim. Mas nada que me tenha intimidado. Segui no meu ritmo confortável, sempre à procura de uns pés e tentando fazer o caminho mais directo para as bóias. Durante todo o percurso levei muita "porradinha" mas nunca me saltaram os óculos ou me doeu alguma coisa.
Sai da água e vi 32m no relógio. Em linha com o previsto. A T1 foi pacífica, feita com muita calma e com a perfeita noção que a dureza ia começar...agora. E os problemas começaram mal acabei de subir a rampa de acesso a avenida da Expo. Quando tentei pôr o pedaleiro grande...não consegui! Algo tinha sucedido ao desviador dianteiro. Fazer a prova sem o pedaleiro grande ia-me afectar muito nos percursos a favor do vento. Felizmente, a 1a parte era contra o vento, e usando o andamento maior na cassete traseira e uma cadência alta, conseguia manter um bom andamento. O sensor de velocidade também tinha ficado desalinhado e o monitor mostrava velocidade zero! Mas aqui tudo bem, a minha ideia era controlar a prova por ritmo cardíaco. A velocidade era irrelevante.
A minha estratégia para resolver a questão dos andamentos era desmontar após o retorno de Sta Iria e colocar o pedaleiro grande à mão! Mas não foi preciso faze-lo. Mal fiz o retorno, a mudança entrou. A partir daqui nunca mais a tirei. Fiz sempre a subida antes do retorno do ic2 no andamento mais leve na cassete traseira. Era obrigado a pedalar entre as 60 e as 70 rpm, mas não quis arriscar não conseguir voltar a por a pedaleiro grande.
O ciclismo foi feito a bom ritmo. Ligeiramente acima do meu plano original. A estratégia passava por evitar passar os 150 bpm. Mas especialmente na 2a volta, cheguei a andar perto dos 155 bpm. Comecei a sentir algum desgaste na terceira volta, mas nunca quebrei muito de ritmo e comecei a passar alguns atletas que iam em nítida perda. Era um bom sinal.
Nestas provas, se o ritmo adoptado for o correcto, é normal que o cansaço apareça no último quarto do segmento. Procurei igualmente comer e hidratar-me bem.
Faltava ainda o maior dos desafios. Correr os 20km. Sabia que os primeiros km da corrida iam ser difíceis. O corpo vinha moído do ciclismo e precisava adaptar-se a corrida. Comecei com prudência, mantendo o ritmo cardíaco nas 150 bpm. A estratégia passava por correr nos 155 bpm. Esperei soltar-me e acelerar um pouco. Mas...isso nunca sucedeu. Fui sempre à procura das pernas, as quais nunca encontrei. O sofrimento foi constante. No entanto, tentei perceber a que ritmo ia. Contabilizei aproximadamente 23m na segunda volta. Comecei a fazer contas, e pelo andar, se não quebrasse, faria qualquer coisa entre 1h32m e 1h34m. Nada mau...para quem tinha feito 1h37m no ano anterior. Deu-me algum ânimo. Acabei por quebrar ligeiramente e fazer 1h34m certos. Dado o meu (fraco) nível de corrida, até foi razoável. No entanto, sinto que a corrida pagou a factura de falta de km no ciclismo. Fico com a sensação que a melhorar algo, será correr um pouco melhor (2 a 3m).
É verdade que queremos sempre melhorar. È isso que muitas vezes nos dá a motivação e nos faz levantar da cama para treinar. Mas honestamente, no meu caso, com trabalho e família nas linha das frente das prioridades, se conseguir manter este nível, já me dou por muito satisfeito.
O importante é não parar.
E o bichinho anda a moer. Pode ser que vá a Zamora em Setembro. Decido durante o mês de Julho.

Bons treinos


Triatlo Longo de Lisboa - Crónica do Bruno

Boas pessoal,

Em relação às provas deste fim-de-semana, aqui vai um relato de como as coisas correram.
No Cartaxo fui mesmo muito cauteloso no início e só na última volta “corri”, porque me faz muita confusão andar devagar. Nunca me lembro de correr aquele ritmo, nem nos treinos. Nunca vou para provas “treinar” ou “rolar”, mas como gosto muito daquela prova, aliás, ainda não falhei qualquer das nove edições que se realizaram, fiz questão de participar mesmo com todas as condicionantes que havia.
Fui logo a correr para casa pois ainda tinha de preparar o material para a prova do dia seguinte e que ainda estava na arrecadação, para onde tinha ido depois do Triatlo do Ribatejo…
Passadas menos de dez horas já nadava na marina do Parque das Nações.
Logo de início afastei-me da molhada e não tive grandes problemas. Para compensar os óculos começaram a embaciar e tive de parar várias vezes para os limpar. Enfim, já está na lista de compras...
Fui sempre bastante confortável e relaxado, sempre a fugir ao contacto com outros nadadores. Só pensava no que me aguardava nas próximas horas.
Comecei a pedalar o mais suave possível, tentando poupar as pernas nada habituadas a pedalar, muito menos 90kms.
No fim da segunda volta, passou o Luís por mim com um ritmo bastante bom e confortável. Quando entrei pela terceira vez no IC2 notei que as forças já eram poucas e que o ritmo era cada vez menor. Já não conseguia ter uma posição confortável na bicicleta, o sofrimento aumentava a cada quilómetro e a última volta foi feita apenas à base de força de vontade, muito espírito de sacrifício e também vergonha de desistir… Sim, esse pensamento passou-me várias vezes pela cabeça, tal eram as dores. Nem em Zurique me senti assim.
Foi com alívio que cheguei ao parque de transição, ao menos ali estava ao pé do carro…
Comecei a correr já exausto e muito dorido mas com o passar dos kms fui ganhando ânimo e a perspectiva de finalizar esta prova nas condições em que a abordei deu-me forças para chegar ao fim.
A alegria de cortar a meta foi muita mas diferente das outras vezes. Este ano foi mais difícil, com muito mais sofrimento e menos prazer.
Assim não. Já passei desafios bem mais duros sem este nível de dor e sofrimento. Não posso sujeitar o meu corpo a estes esforços pois mais cedo ou mais tarde algo corre mal.
Soube ontem pelo Paulo que o João Santos, um bom amigo e companheiro de praticamente todas as minhas aventuras no Triatlo de longa distância, teve de ser evacuado para o hospital pois sentiu-se mal durante a prova. Teve algumas complicações mas felizmente as perspectivas são animadoras. Conheço-o bem e sei o que ele treina e como cuida do corpo. Se isto lhe aconteceu a ele pode acontecer a qualquer um de nós.
Não voltarei a fazer uma prova com esta duração sem o treino mínimo, sim, porque o treino que eu considero adequado é muito complicado eu conseguir fazer, principalmente no segmento de ciclismo.
Para o ano espero estar novamente na linha de partida do Triatlo Longo de Lisboa, e novamente com o Paulo e o Luís e quem sabe, com mais uns quantos Amigos que todos os anos nos vão apoiar e que ainda não ganharam coragem para dar o passo em frente. Um forte abraço ao Paulo Leote, ao César, ao Mário, ao Paulo Calixto, ao Marco e também ao Miguel que puxou por mim quando entrei para a última volta da corrida (…bem precisava). E já agora, também ao Paulo Teles que gritou por mim já devia estar a ser massajado e eu ainda tinha metade do segmento de corrida por fazer e ao Luís, por ter abrandado o suficiente quando passou por mim para me dar uma forcinha para o que faltava da prova. Muitos parabéns aos dois pela excelente prova que fizeram. Para mim não foi surpresa nenhuma. Com o esforço e empenho que dedicaram à vossa preparação só poderiam ter a devida recompensa. Azares como o que o Paulo teve em Porto Santo acontecem a qualquer um, só temos é de pensar na prova que se segue e abordá-la da melhor forma possível.
Bem, a bicicleta e o restante material já estão arrumados e só devem sair para a prova de Peniche. Espero vê-los a todos por lá e com muita força.

Um abraço e bons treinos
Bruno

Triatlo Longo Lisboa - Crónica do Luís

Obrigado por tudo equipa, sem vocês, e sem ajuda do Paulo nos treinos, não chegava à meta como cheguei, com forças para ir beber copos à tarde.
Antes de mais, quero exprimir a minha profunda admiração pelo Bruno. Deve ser preciso muita coragem e força de espírito para completar esta prova sem uma preparação específica. O esforço que ele suportou estava bem patente na expressão dele quando nos encontramos no fim. Parabéns.
Quanto à minha experiência, foi fantástica! Uma natação relaxada, que como sabem é o meu ponto mais fraco, mas a partir daqui foi sempre a ir para a frente. Na bike senti-me excelente, as primeiras voltas a poupar-me bem. Sem dores estranhas e sem nunca sair da posição aero, mesmo na subida. Na terceira volta comecei a aumentar o ritmo sem nunca forçar, continuei leve e a cortar o vento. Apetecia-me explodir e perseguir os prós quando passavam por mim razantes, mas contive-me claro a pensar na corrida. Até abrandei um pouco no retorno da última volta.
A minha boa forma no ciclismo reflectiu-se na corrida. Depois de uma volta para encontrar o passo, continuei no meu ritmo cruzeiro com a respiração leve, perto do fim da segunda volta olhei para o cronómetro, 46 min de corrida. Apercebi-me que estava a um bom nível para a minha corrida e ganhei novo ânimo para continuar. Na última volta comecei gradualmente a aumentar o ritmo e a forçar a respiração. No retorno vinha já endiabrado em cima da ponte, de tal forma que sprintei o mais que pude à medida que a meta estava mais próxima. O espanhol que ia à minha frente, já não o apanhei, mas ele assustou-se.
Espero repetir esta prova para o ano e quem sabe outros longos que apareçam como o de Porto Santo. Senti-me bem preparado, e pela primeira vez fiz uma bela prova, principalmente se pensar que na minha melhor Meia Maratona fiz à roda de 1h29m. Nesta prova corri em 1h32m (apesar faltarem algumas centenas de metros para a distancia certa).
O difícil não foi completar a prova, até porque não corri à procura de um resultado. Com mais sofrimento talvez pudesse tirar alguns minutos ao ciclismo sem prejudicar a corrida (para a próxima hehe). Difícil foi o meu percurso até chegar a esta prova. Quando comecei a fazer BTT e Triatlo nos Açores parecia tudo mais fácil. É muito gratificante para mim treinar e correr nas ilhas. Em Lisboa, a estudar cinema, é diferente. Cresci muito atleticamente no último ano devido à competição. Mas nas alturas de competição e treino mais intensivo, o cansaço do corpo puxa-me pelo cansaço psicológico e emocional, e muitas vezes é-me difícil resolver os conflitos que surgem entre as minhas várias paixões: o Cinema, o Triatlo, os amigos, a família. Mas lá está, somos todos um pouco loucos para nos meter-mos nestas coisas. Sem a minha dose de loucura não chegava aqui, nem ao Cinema nem ao Triatlo.

Bons treinos e bom descanso
Abraços
Luís Bicudo

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Triatlo Longo de Lisboa 2009

E ja neste Sábado! Faltam apenas 3 dias.
600 Atletas à partida! Uma grande festa em previsão!
Do nosso clube, teremos três atletas a participar. Eu, o Bruno e o Luís. Para o Luís é a estreia na distância! Como sempre, e seguindo a nossa filosofia, o importante é participar e terminar dentro do espírito da festa. E neste caso, comemorar o dia da liberdade com sofrimento!
Sei que a preparação do Bruno foi muito deficiente (se é que se pode chamar preparação), mas confio nas Maratonas e nos “Iron Man” que ele já tem no corpo. O corpo tem memória e esse passado ajuda sempre! Quanto ao Luís, apesar de não ter seguido um planeamento linear, parece-me em muito boa forma. Mas resfria esse ímpeto jovem luís:) Muita prudência nos primeiros 30km da bicicleta. O "homem da marreta" só pode aparecer na ultima volta e ao de leve! Ainda vais ter que correr 21km… Eu treinei bem. Em termos gerais estou a nadar e a correr melhor que o ano passado. Mas isto é em treino...em prova...não sei. Estou muito longe de estar bem no ciclismo, que é a chave do sucesso nestas distâncias. Por isso, terei que ser muito prudente neste segmento. Estou tb com algumas mazelas musculares nas pernas, fruto de ter abusado na semana passado nos meus treinos de corrida social. Mas ainda tenho três dias para recuperar.
O ano passado terminei em 215 dentro de uma “start list” muito parecida em número de atletas com a deste ano. O objectivo passa por melhorar esse lugar e se possível entrar nos 150 primeiros! Talvez ambicioso demais.

Um abraço e bom descanso!
PT

sexta-feira, 13 de março de 2009

Notícias


Companheiros,

Há muito tempo que não coloco nada no Blog.
Tenciono colocar uma crónica sobre as Lezírias, uma sobre Grândola e o meu relato sobre Porto Santo.
Mas isso requer algum tempo para preparar os textos…que neste preciso momento não tenho.
Faço apenas um ponto da situação sobre a minha preparação para o Longo de Lisboa.
Em anexo segue a minha semana até agora. Estou cansado, bastante.
Esta semana serviu para testar em que ponto está a minha corrida. Não tenho feito séries e tenho feito os treinos mais duros maioritariamente só. No entanto, 3ª feira fui ao Estádio Nacional correr à hora de almoço como é norma nesse dia. Tinha planeado fazer uma sessão muito leve. Mas para minha surpresa, estava lá a o “team” todo e o plano deles passava por fazer séries. 6 x 1000m @ 3m50s com 1m30s de recuperação.
Não me sentia fresco, mas tb não estava muito cansado, por isso decidi aceitar o desafio. Era uma maneira de me testar.
Éramos uns 8. E lá começamos. E como já adivinhava, os tempos começaram a bater nos 3m45s! A malta estava “picada”. Em termos de respiração ia bem, mas com algumas dores nas pernas ainda resultantes do treino da semana anterior.
E assim fui até à 5ª. Na 6ª já se sabia, ia ser um sprint. Só não sabia a partir de quando. Fui para a frente e procurei manter o ritmo para 3m45s, mas à passagem dos 500m começaram as hostilidades e o grupo começou a partir. Para terem uma ideia, neste grupo iam dois atletas com marcas baixo das 2h40m à maratona e outro com 2h42m. Embora neste momento estejam muito longe dessa forma.
Tentei aguentar o ritmo e forcei. Aos 750m passei novamente para a frente e ganhei a corda na última curva. Ficamos apenas 3. Aos 850m, para minha surpresa, já só éramos 2. E na saída da ultima curva…fui ultrapassado. Ainda tentei resistir mas já não havia mais para dar. 3m23s foi o tempo final. Fiquei algo surpreendido, embora tb saiba que sou mais talhado para provas rápidas do que para 10km ou ½ maratonas.
Mas acima de tudo, fiquei contente, não tanto por perceber que estou melhor do que pensava, mas porque estas sessões são fantásticas. O Sol, a conversa, o espírito e a competitividade. Muito bom.
A natação tb está bem. O que me preocupa é o ciclismo. Estou com muita falta de km….e já só faltam 6 semanas.

Bons treinos


terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Duatlo do Jamor



Grande aventura para inicio de época! Uma aventura na lama!
As condições climatéricas das últimas semanas anteviam um percurso de BTT com alguma lama, mas estávamos longe de imaginar aquilo que iríamos encontrar.
A tempestade da noite anterior ainda veio ajudar a piorar as condições do terreno.
Eu e o Jorge Vieira fomos cedo e fizemos uma volta de reconhecimento ao percurso. Arvores caídas, o terreno cheio de ramos soltos, muita água e certas zonas com muita lama. O cenário estava montado…era só esperar que 600 bicicletas por ali passassem!
Julgo que o espírito de todos era o mesmo. Todos estávamos expectantes. Diria mesmo com algum receio do que iríamos encontrar pela frente.
Mas, mesmo com algumas quedas, problemas mecânicos e outras peripécias, tudo correu muito bem. Todos nós (ou quase todos) entramos no espírito da lama e desfrutamos com bastante prazer da prova. No final, apesar da cor castanha ser a predominante em todos, a sensação geral era de ter participado e, mais importante, ter terminado um evento único.
Estamos todos de parabéns.
Em termos desportivos, queria salientar a prestação do Marco. Excelente prova. Vamos rapaz, aprende a nadar:)
Mas não te vou largar a roda nas Lezírias:)
Junto seguem alguns relatos dos nossos atletas:

Luís Bicudo

Olá malta, também adorei a prova. Não me sinto em boa forma, tenho falhado muitos treinos e isso vai ter de mudar rapidamente para conseguir chegar à meta do HIM de Lisboa.
Como tem sido hábito na corrida, segui o ritmo do Paulo. E é verdade, saí da transição que nem maluco. Mas isso faz já parte da forma como corro. Venho com o coração aos saltos da natação ou corrida e não consigo evitar aquele sprint inicial. De qualquer forma comecei logo a abrandar, pois não me sentia nada seguro no meio de tanta lama e tantos atletas. A meio da primeira volta já não havia óleo na corrente e esta já se queria entalar a cada 50 rotações. Na segunda volta já me sentia mais à vontade mas a lama estava cada vez mais manhosa. Desmontei só uma vez numa subida e só não caí porque andei sempre na defensiva. Na segunda corrida lá recuperei alguns lugares para a malta do btt.
É uma sensação fantástica de liberdade correr naquelas condições, fartei-me de rir quando na meta olhei para as vossas caras cheias de terra.

Jorge Vieira

Pelo meu lado, também tive uma queda… não muito violenta…mas também tenho um joelho e uma anca marcados para mostrar ao meu filho… ena pai estás com sangue… isso dói diz ele, na ingenuidade dos seus 4 anos.
A corrida foi pacífica. O Paulo e o Luís foram rompendo o “maralhal” até encontrar o Bruno, que me fez companhia (inicialmente nem disse nada para não o picar. Ia perto das 180 bpm e só queria aguentar. Este é o meu limite máximo pelas contas dos 220-idade….), e pelos comentários do Bruno ao Paulo, percebi que ele estava na mesma estratégia que eu. Calma na corrida para resistir na bike, sabendo que ultimamente apenas tenho treinado ao fim de semana.
No BTT, apanho o Bruno a levantar-se do empedrado, trocamos um breve tudo ok!? E mais à frente foi a minha vez que ir ao chão no alcatrão em frente ao estádio, quando travei para subir o passeio a roda de trás passou para a frente e fiquei virado para a direcção de onde vinha (foi embaraçoso cair logo numa zona espectáculo, até o meu pai assistiu….)
A partir dai fiquei com mais cuidado, pois quedas não acontece só aos outros…
Na segunda volta de bike, foi lutar contra a lama nos olhos, os pés que já não encaixavam nos pedais, a pedaleira pequena que já não entrava, a corrente aos saltos sobre os dentes da cremalheira….e por cada subida que passava só pensava “menos uma”…
Na transição para a corrida até deu para tirar as meias …”para ir mais leve” pois estavam completamente ensopadas…. e lá fui para os últimos 2.5km a fundo sempre a 180 bpm (que pareciam km) quando passamos pelos “betetistas” que aparecem no Jamor .
Foi porreiro, valeu pela adversidade, nunca tinha andado com tanta lama, parecia baba de camelo pela cor, mas escorregadia……., no fim senti-me feliz…. Nem perdi assim tanto para o Paulo…he, he.

Bruno Silva

Da minha parte, foi claramente a pior prova da minha vida.O facto de estar em má forma, só me retirava objectivos mas não a motivação de dar o meu melhor. Foi o que tentei fazer desde o início.A primeira corrida foi normal, a preparar-me para um segmento que se adivinhava complicado. Mas com o terreno tal como o encontrámos era muito complicado para alguém como eu que não faz BTT o ano inteiro (apenas no Jamor e nas Lezírias...) progredir naquelas condições.Para ajudar duas quedas quase consecutivas na zona de empedrado ainda na primeira volta deixaram algumas marcas, pelo menos abalaram a confiança na minha já diminuta técnica de BTT.A primeira queda foi mesmo a mais dura que tive até hoje, fruto do sítio onde caí (era mesmo duro o raio do empedrado...) e também da velocidade a que rolava.Bati com violência no chão, sofrendo uma pancada forte na cabeça que o capacete absorveu mas deixou-me com fortes dores no pescoço, além de escoriações na perna e braço do lado esquerdo.A segunda queda foi ao mesmo estilo mas aí já rolava a uma velocidade menor, serviu apenas para agudizar as dores e retirar confiança.Quando me levantei, tive de parar por uns momentos para me recompor e para ganhar coragem para enfrentar o que restava do percurso, pois ainda faltavam três quartos do percurso de BTT...Como não tinha mais do que fazer naquela manhã, lá continuei paulatinamente. Bem devagar e a ser sucessivamente ultrapassado, algo a que estou bem habituado nos segmentos de ciclismo...A segunda volta foi mais calma. Até porque já poucos duatletas viriam atrás de mim...Foi com alegria que terminei o segmento de ciclismo e finalizei a prova com um segmento de corrida normal para o meu estado de forma e para as dores que trazia.Uma palavra para o meu irmão que, pela primeira vez, ficou à minha frente numa prova desportiva. Preferia que tivesse sido noutras condições, mas como estas eram iguais para todos e como ele também está a atravessar um momento menos bom de forma devido às obrigações pessoais e profissionais que tem e que o impedem de treinar e render o que pode, é de louvar a prova que fez. Parabéns puto! Agora é recuperar as mazelas e daqui a quinze dias lá estaremos nas Lezírias, de preferência com menos lama.

Paulo Teles

Desportivamente a prova não me correu grande coisa. O resultado foi perfeitamente mediano. Mesmo na minha forma actual, acho que consigo fazer um pouco melhor.
Fui cedo para o Jamor. E quando cheguei até estava Sol. Fui fazer uma volta de reconhecimento com o Jorge...e logo percebi que ia ser uma festa de lama. Viam-se os estragos da noite de temporal. Arvores caídas, etc., etc.
E ainda tinha uma surpresa guardada. No final da volta de reconhecimento furei. Quando estava a mudar o pneu, começou a chover torrencialmente. Era o aquecimento...
Mas, ia ser igual para todos e a festa estava instalada.
A minha ideia era fazer uma prova prudente. A semana de treino, após a paragem forçada pela gastro, tinha sido bastante boa. O objectivo é treinar para o Triatlo longo. Queria ir ao Jamor com alguma carga nas pernas.
Mas mesmo indo com prudência, acabei por me colocar muito atrás na largada (quase no fim). Subestimei a quantidade de atletas.
E claro, para quem estava a apontar correr a 4m/km...passei no 1º km com 4m50s....e só na 2ª volta consegui correr com "espaço".
Mas sem stress, até é divertido ir sempre a passar.
Chegado o BTT, como já tenho uns anos disto (ao contrário de alguns que saíram que nem uns loucos...e morreram rapidamente:), comecei com cautela. Lá fui tentando encontrar o meu ritmo...até que ás paginas tantas...pumba! Grande queda. Na zona de empedrado da mata...a grande velocidade na roda do Renato Fidalgo...curva ligeiramente à direita...a roda da frente escorregou...e lá fui de rastos! Algo aparatoso! Mas levantei-me...fiz um check up geral, coloquei a corrente, vi passar o Luís, e siga que o caminho é para a frente!
Lá fui indo. Até ver o Marco passar por mim que nem um leão. Coincidiu também com a altura em que deixei de conseguir meter a pedaleira mais pequena (para fazer a subida grande da ultima volta, desmontei, coloquei a corrente à mão). Mas estive sempre com o espírito da coisa. Até estava a gostar daquela lama toda. E acreditem, não levei óculos e muitas vezes foi andar ás cegas com toda a lama que se soltava e entrava nos meus olhos! Acabei por desmontar um par de vezes na última volta devido a não ter desmultiplicação suficiente (e muita falta de força nas pernas). Faz parte!
Chegada a ultima corrida, senti algum alívio. Esta correu perfeitamente normal. Custou um pouco de inicio mas depois fui-me soltando.
No final, fiquei muito satisfeito com tudo aquilo. Foi uma aventura diferente. Para mais tarde recordar. Deu-me particular satisfação ver toda a equipa terminar. Todos muito sujos, uns com algumas escoriações, mas todos no final! Esse é o espírito! Deu para perceber, que talvez tirando o Bruno, todos os outros estavam muito satisfeitos. Acho que gostaram da lama!
Que chova nas Lezírias!

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Treino de Grupo


"Esforçados" atletas, estamos de parabéns!
Ao fim de 10 anos…conseguimos ter um treino de ciclismo conjunto com 6 elementos!
É obra! Muitas teias de aranha…muita ferrugem... em algumas bicicletas…e muitas perninhas sem força:)
Mas houve igualmente momentos únicos…como ver “ao vivo” umas rodas ZIP 808! Também quero umas!
Mas o objectivo não era “matar” ninguém, apenas promover uma voltinha social. Na próxima saída, terá que ser a doer mais! Ok, Leote?

Confirmei igualmente três situações de que já suspeitava:
A 1ª é que o Marco tem que se dedicar à natação. Ele é muito forte na bicicleta. Seria um grande reforço nos Triatlos.
A 2ª é que Luís está num nível de ciclismo muito bom. Treinar em altitude nos Açores tem as suas vantagens!
A 3ª, é que temos um elemento no grupo, que se treina-se…como deve ser…andava bem lá na frente. Mesmo sem treinar…nada…corre 10km, naquele percurso, em menos de 42m…. Para não falar das 3h04m à maratona com 3 treinos semanais de 50m…Vamos Bruno, vamos lá ganhar alguma motivação. IM Frankfurt 2010 espera por ti!

Mas acima de tudo, foi com satisfação que vi aparecer 6 elementos! Isso é o mais importante.

Após o “passeio” de bicileta, três de nós foram correr os 10km do Camarnal. Eu, o Luís e Bruno. Do nosso grupo, juntaram a nós igualmente o Manuel e o Olímpio. O Grupo de Atletismo do clube estava igualmente com uma representação bastante interessante.
Mal deu o tiro de partida o “bebé chorão” saiu que nem um tiro. Eu e o Luís começamos muito prudentemente e fomos progressivamente aumentando o ritmo. Doeu, mas dado o cansaço acumulado que tinha nas pernas, correu muito bem. Segundo palavras do próprio, o “bebé chorão” sofreu bem mais:)

Agora é continuar a treinar! Sim Bruno, TREINAR. Conheces a palavra?
Falta apenas semana e meia para oficialmente começar a época. Embora eu encare (e julgo que todos nós) o Duatlo do Jamor como uma prova para nos divertirmos e entrar na festa, é sempre bom voltar a competir!

Bons treinos!

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Vamos lá começar...



Semana 1
Objectivo: HIM Abril!
NAT 1:
400 free
8 x (25 drill + 25 DPS)
200m progressiovo V1-V2
2 x 700m V1 rt 20s
100 relax
NAT2:
2 x (200 free + 50 pn)
400 (100 CU +-…..+100 FQS)
4 x 50 belly
4 x (25 forte + 25 relax)
10 x (50 max rt 30s + 50 min DPS rt 15s)
200m V1
100 relax


NAT3:
600 free
200 (50 BE + 50 BD) com Palas
200 CU com palas
200 (25 CU + 75 DPS) sem palas
400 Palas
3 x 300m V2 rt 20s
6 x (25 sprint + 25 relax)
200 relax
Vamos pessoal....força nesses treinos!
BRINCADEIRINHA!!!

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Època 2009

Chegado o novo ano, ai temos mais uma nova época de Triatlo/Duatlo.
Confirmando aquilo que a FTP vinha prometendo, é uma época com um calendário desportivo algo diferente. Nos últimos anos e especialmente no último ciclo olímpico, a aposta foi na alta competição, sendo o calendário desportivo e consequentemente os atletas do "pelotão", preteridos nas prioridades da FTP. No entanto, 2009 marca um ponto de viragem na orientação das politicas, e aproveitando a notoriedade obtida pela modalidade nos JO, a aposta e em massificar a pratica do Triatlo.
Em linha com esse objectivo, o calendário competitivo tem mais provas e tenta agradar a quem faz distâncias curtas e/ou longas, ou vive no Sul ou no Norte de Portugal . Veremos como vão aderir os atletas!
Por parte do nosso clube, a aposta continua a ser a participação pelo gosto e pelo desportivismo, não sendo os resultados competitivos um objectivo. O principal objectivo passa por aumentar o número de participações em provas e manter o convivio saudável entre o grupo.
Seremos, tal como na época transacta, por volta de 10 atletas, havendo apenas pequenas alterações de um ou dois elementos.
A tendência geral do grupo é uma maior aposta em provas longas, como demonstra o facto de já termos quatro atletas inscritos para provas longas em 2009, sendo uma de distancia HM.
A reforçar esta tendência, realço igualmente o facto de 5 elementos terem feito o baptismo na Maratona no passado Dezembro (tendo 4 terminado), aumentando para 7 o número de atletas que já concluíram maratonas dentro do grupo.
Apesar dos seus problemas físicos continuaremos a contar com o presidente do nosso clube, o Sr. Olímpio, como a maior fonte de inspiração e motivação pelo seu exemplo de verdadeiro espírito desportivo e longevidade.
Outro ponto que tentaremos melhorar é a vertente da socialização, especialmente no que se refere a organização de treinos pontuais em conjunto.
Mas acima de tudo, que haja saúde, boa disposição e motivação para não parar. O importante é participar e chegar ao fim!
Um excelente ano para todos e bons treinos!
Paulo