terça-feira, 30 de junho de 2009

Abrantes, a “travessia”. Uma decisão de última hora.


Imagem 1: Teles na "Cola" de Sica


Imagem 2: Momento da descolagem
Imagens cortezia de Sica.

A minha ida a Abrantes foi verdadeiramente uma decisão de última hora. Estava inscrito para a prova, mas a decisão de ir, nunca foi certa. A semana que antecedeu a prova foi cansativa. Crianças doentes, noites péssimas, festas de anos, enfim, o descanso ideal:)) Para juntar a festa, como julgava não ir, não abrandei o treino. Como resultado, na Sexta-feira estava muito cansado e no Sábado sentia-me terrível e sem possibilidade de descansar, devido a diversos eventos sociais.
Mas a minha vontade de ir competir era grande, e depois de negociações familiares "intensas" durante o dia de Sábado, consegui a tão desejada permissão de ida, já estava deitado!
Assim sendo, levantei-me cedinho. Continuava a sentir-me cansado e para piorar o dia estava de chuva. Mas talvez em Abrantes não estivesse a chover, pensei ingenuamente. Meti o material no carro e segui caminho. Não fazia ideia do percurso da prova. Imaginava que terias umas subidas, que seria de dureza média. E confirmei isso assim que cheguei. Alem de uma subida bem complicada que se tinha que fazer 3 x, o piso estava bem molhado e a ameaça de chuva iminente pairava no ar. Não eram definitivamente as condições ideais, mas não ia ser isso que me ia demover.
Dado o percurso selectivo, decidi que ia fazer uma natação mais relaxada. Sem doer demasiado. Sem muito desconforto. Sabia que não ia ter pernas para acompanhar os ciclistas mais fortes. A colocação à saída da água não ia ser relevante.
E assim parti. E segui o meu plano. Com mais ou menos dificuldade lá fui indo. Quando sai da água percebi que tinha feito uma razoável natação. O César estava ligeiramente à minha frente e podia ver os do “costume” à minha volta. As dificuldades iam agora começar.
Fiz a T1 sem pressas e segui caminho. Sem grandes loucuras. O piso estava muito molhado. O César ia imediatamente à minha frente. Alcancei-o antes do 1º retorno e seguimos a partir dai quase sempre juntos. Como esperado, alguns bons ciclistas foram passando (Rui Simões, Alcino Serras, etc.). E nem valia a pena gastar muitas energias a segui-los. Na subida não os ia aguentar. Alem disso, os retornos estavam muito perigosos (especialmente o ultimo de cada volta), e a descida, com aquelas condições, recomendava muita prudência. Tenho a sensação que perdi mais tempo na descida e nos retornos que na subida.
Dei-me por feliz quando cheguei à T2! Onde estava um bela peripécia à minha espera! O César ia ligeiramente à minha frente, e de repente, só o vejo desesperado à procura do nosso local. Perdi tb o Norte, e andamos os dois uns bons 30s que nem umas baratas tontas de um lado para o outro dentro da T2. Até que se fez Luz e lá conseguimos seguir juntos para a corrida. Ainda ia a falar com o César sobre a T2, quando ouvi: “juntos novamente”. Era o Sica, a passar por mim! Colei e tentei aguentar o mais que pude. Entretanto a chuva era intensa, os sapatos iam alagados, mas até ia a gostar daquilo. Fui com o Sica até meio da 2ª volta, altura em que passou o Nuno Tintim por nós e ele tentou ir com ele. Eu já ia no elástico e assim que o ritmo aumentou, parti. A partir dai foi encontrar o meu ritmo e seguir até ao fim. No final, fiquei bastante satisfeito. Tinha terminado sem acidentes, e dentro de uma prestação razoável.
Depois de ver o resultado, houve um dado que gostava de salientar. Desde que faço Triatlo, sempre fui um grande “nabo” a correr. É definitivamente, das três modalidade, aquela onde me dou pior. Mas olhando ao parciais, nesta prova, o de corrida, foi o meu melhor!
Agora que venha Aveiro. Tentarei lá estar. A ver se não deixo a decisão para a última hora. Pelo sim, pelo não, vou-me já inscrever.

Bons treinos

Paulo Teles

O Fim de Semana Radical do Bruno


Já tinha tido fins-de-semana “radicais”, mas tão duro como este não me lembro.
Não só foram as três provas, bastante exigentes fisicamente, que fiz em pouco mais de 24 horas, mas também o estado de forma menos bom, que fizeram com que hoje quase não tivesse forças para subir as escadas do metro.
Começou logo no Sábado de manhã, com uma prova de Orientação, de longa distância, no terreno arenoso das dunas da Praia da Vieira, junto à Marinha Grande.
Com uma das minhas melhores provas, senão mesmo a melhor, venci o escalão de Veteranos I, que integrava muitos dos melhores atletas nacionais da categoria. Foi, sem dúvida, a minha vitória mais importante e também a mais saborosa. No início, contava apenas entrar nos dez primeiros. Nem considerava a hipótese de entrar no Top 5, tal era o nível da concorrência. Mas a prova correu-me de feição e com alguma surpresa, inclusive para mim, até deu para ganhar…
Depois de uma tarde de praia, segui para Peniche para participar na Corrida das Fogueiras. Depois da confusão da partida e dos primeiros kms (penso que foi atingido o limite máximo de participantes para aquele percurso.), lá imprimi um ritmo decente, no intuito de apanhar o Mauro, que no retorno após o 1º km tinha um avanço bastante razoável. Os kms foram passando e nem sinal do Mauro. E nem vinha assim tão mal, pensava eu… Quando cortei a meta lá estava ele, tinha chegado 18 segundos à minha frente. Bem me tinham dito que ele andava a fazer séries… Parabéns Mauro. Estás a progredir bem e agora é só manter, principalmente a motivação para treinar. Fiz o tempo de 65.06 min. Não é grande coisa mas tendo em conta o desgaste da prova de manhã, o vento forte e a chuva que se fizeram sentir naquela noite em Peniche, aliados às dezenas de atletas que tive de ultrapassar nos dois primeiros kms, não posso deixar de ficar satisfeito com a minha prova, até porque a forma física não está famosa.
Optei por arrancar directamente para Abrantes e dormir no carro. Sempre poupava kms ao carro e ficava com mais tempo para descansar.
Estava tão cansado que adormeci logo, embora tivesse acordado várias vezes durante a noite com o barulho da chuva. De manhã, doía-me o corpo todo. Não só pela posição desconfortável em que passei a noite mas também pelo esforço do dia anterior.
De manhã, era tempo para mais uma prova. O tempo estava chuvoso mas a temperatura era agradável e até a água estava óptima para um mergulho. A natação correu bem, sem atropelos, que é o que se deseja. No ciclismo, para variar, veio o pior. O percurso tinha vários retornos, uma enorme subida que depois tínhamos de descer. Com o piso molhado, tornou-se extremamente perigoso rolar a grandes velocidades e os ciclistas com mais técnica/coragem tiraram daí vantagem, além de que a subida, que se fazia três vezes, fazia muita mossa e realçava as diferenças entre os que treinam ciclismo e os que não treinam…
Com muitas cautelas cheguei à segunda transição e iniciei o segmento de corrida. As energias já não eram muitas mas dei tudo o que tinha e ainda deu para recuperar algumas posições.
No fim estava novamente muito desgastado. Entre a prova de Peniche e a de Abrantes apenas tinha comido meia barra energética que o César me ofereceu, o que evitou que aquele percurso de ciclismo tivesse feito mais mossa do que fez mas não deixei de sofrer bastante. O Paulo Teles e o César estiveram em excelente plano, que não é nada de novo, mas não queria deixar de realçar a coragem do Paulo Leote em enfrentar aquele percurso de ciclismo podendo apenas usar a pedaleira grande. Foi pena pois tenho a certeza que me tinha apanhado, podíamos ter trabalhado juntos e a coisa tinha custado menos. Vi o Paulo a correr e não ia nada mal... espero que em Aveiro já tenhas resolvido o problema na bicicleta. Sempre é mais uma roda para eu apanhar e depois puxo eu na corrida…
Foi um fim-de-semana “diferente” que não devo repetir (acho que digo sempre isto…).
Três provas e mais de três horas de esforço onde os resultados foram muito satisfatórios tendo os objectivos sido amplamente atingidos. Foi engraçado mas muito cansativo…
Espero vê-los brevemente, se possível em Aveiro.

Um abraço e bons treinos

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Update do Bruno!

Boas pessoal,

Eu regressei agora de duas semaninhas que, embora sem muito treino, deu para fazer umas provas.
Foram dois duatlos e dois triatlos.
Se os triatlos correram normalmente, (Embora em seis participações nunca consegui nadar bem na “multidão” de Oeiras. Não vale a pena. Para o ano vou tentar a prova dos “pequeninos”. Sempre são menos pernas e braços…), os duatlos é que foram um empeno brutal.
O de BTT de Manique de Cima (não sei porque ainda me meto nestas aventuras), começou logo com uma corrida duríssima (duas voltas), continuou com um segmento de ciclismo muito duro e, para ajudar, algo técnico. Para acabar com uma segunda corrida também muito dura (apenas uma volta). Ou seja, foi duro e fiquei com as pernas em muito mau estado.
Neste domingo fui a Arraiolos, já com uma prova de orientação de manhã nas pernas, com muito calor, sem ter tido tempo para almoçar convenientemente (apenas comi uma empada e uma coca-cola num café lá da vila.
A corrida era dura e o calor fez algumas vítimas logo no primeiro segmento.
Depois veio um segmento de ciclismo onde o início era a subir e em empedrado.
Veio o alcatrão, de excelente qualidade, e um percurso ondulante e bastante engraçado.
Estava a gostar da minha performance e as sensações que estava a sentir eram boas até chegar mais ou menos aos 15 kms onde subitamente deixei de ter forças para pedalar.
Nunca tal me tinha acontecido, pelo menos tão repentinamente.
Vinha com o Renato Fidalgo do Painho. Tínhamos saído de um grupo de 6 ou sete duatletas que tínhamos deixado para trás numa fase mais dura. Numa altura em que vinha eu à frente, parece que alguém me agarrou na bicicleta e me estava a puxar para trás. O Renato ainda esperou alguns segundos para que eu me recompusesse, porque dois a puxar é melhor do que só um e eu até ali vinha bastante bem, mas vi que aquilo não era passageiro e disse-lhe para ir embora. Para cúmulo do infortúnio logo depois apareceu uma “parede” com várias centenas de metros pela frente e com uma placa a indicar uma inclinação de 10%. Não foi nada divertido.
A partir daí foi arrastar-me até à T2. Quando sai para a segunda corrida, vinha em nítidas dificuldades. Pela primeira vez na minha vida, tive de andar durante um segmento de corrida num duatlo, ainda por cima sprint. Para terem ideia, andei mais tempo em Arraiolos (2,5 kms) do que em Zurique (42,19 kms).
Quando acabei a prova tive de me deitar por sentia tonturas e vómitos. Claro que não vomitei porque não tinha almoçado…
Tive pena não ter feito uma prova “normal” pois a prova foi gira. Mais uma coisa para anotar no caderno de apontamentos: ALMOÇAR!
Um gajo pensa que aguenta tudo, que é o maior… mas quando elas mordem, dói mesmo muito!

Um abraço e bons treinos
Bruno

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Oeiras é sempre Oeiras

Quatro dias passados após o Triatlo de Peniche, lá esteve o GAA VFX novamente representados num Triatlo sprint. E dada a ausência do Luis, de novo com os mesmo atletas.
Oeiras, para mim, é sempre uma prova especial. O evento coincide com uma semana de feriados em que alguns atletas aproveitam para colocar férias. Mas mesmo assim, é talvez a prova mais participada do calendário. No meu caso, é tb algo nostálgica. Fui criado nesta zona e sabe sempre bem “pisar” as origens.
Apesar das inúmeras alterações ao percurso, a prova não defraudou as expectativas. No entanto, algumas destas alterações colocaram a integridade física dos atletas em perigo.
A partida e a chegada do segmento de natação foram trocadas. A saída da água estava colocada junto ao lado do forte (Oeste da praia) e o percurso até ao parque de transição era imenso. Talvez uns 200 a 250 ou mais. Não se subiram as tradicionais escadas. Este ano foram mesmo as escadas principais de acesso à praia e a entrada na T1 era feita pelo lado Oeste. Como consequência, a saída do parque de transição tb era do lado oposto ao tradicional. Do lado Este.
O segmento de ciclismo foi o que menos alterações sofreu. Mas onde as alterações, a meu ver, foram menos felizes. O retorno da 1ª volta era realizado na rotunda entre a praia da Torre e a de Carcavelos e devido ao facto do segmento de corrida ser todo efectuado na Marginal, parte do percurso de ciclismo apenas tinha uma facha de rodagem. Manifestamente insuficiente para uma prova onde se formam grupos de 30 e mais elementos. Muito perigoso mesmo.
Quanto à prova em si, no meu caso, correu bastante bem. E tudo começou bem no segmento de natação. O mar estava algo “partido” pelo vento, com alguma ondulação. Assim que deu o “tiro” de partida, corri com calma para a água e lá fui. De inicio, como já esperava, muita confusão. E muitas toucas amarelas à minha volta. Não sabia se isso era bom ou mau. Senti alguma dificuldade em encontrar espaço até à primeira bóia (onde estava instalada uma confusão enorme). A partir dai, consegui nadar sem grandes confusões. Adoptei um ritmo forte, mas não “frenético” como em Peniche.
E por isso, pensei que estava a fazer um percurso menos bom. Mas ao emergir da água, vi o José Magalhães Dias (JMD) e o Valdo Neves mesmo à minha frente. Isso era positivo. Eles nadam sempre melhor que eu. Durante a corrida até à T1, procurei “colar-me” ao JMD e até acabei por passá-lo antes de entrar no parque.
Uma T1 com calma e lá fui eu para a bici. Desta vez os sapatos entraram à 1ª e lá estava eu pronto para apanhar uma roda…que mais não podia ser..a do JMD. O ritmo imposto era bom, mas nada de muito elevado. Sabia que mais cedo ou mais tarde, viria de trás um grupo com ciclistas fortes. Procurei não gastar muitas energias e esperar. E o tal grupo apareceu no 1º retorno. Nesse grupo vinha tb o César.
A partir dai era andar no comboio e procurar evitar quedas. O grupo chegou a ter uns30 elementos e na zona de estreitamento da Marginal para uma facha, o espaço entre bicicletas era mínimo e tudo ficava muito perigoso. Felizmente tudo correu bem e não houve acidentes até à T2
Fiz uma razoável T2 e lá segui para a corrida. Não me senti super, mas senti-me bem. Acabei por fazer um segmento razoável (para o meu nível de corrida) embora tenha quebrado ligeiramente na subida após o último retorno.
No global fiquei bastante satisfeito com o resultado. Dificilmente consigo fazer melhor. Mas fica sempre aquele se, se, se! Olhando para os parciais, vejo o Sérgio Dias e o Rui Sousa com menos 20s no segmento de natação. Com menos 30s na água, saltava para o grupo da frente no ciclismo que pedalou 1m mais rápido que o meu.
Mas se a minha avó não tivesse morrido…ainda hoje era viva!
Bons treinos e em principio até Abrantes!

Paulo

segunda-feira, 8 de junho de 2009

De Volta aos Sprints

Neste passado Sábado dia 6 de Junho, o GAA VFX voltou a estar presente numa prova de Triatlo. Desta vez foi o campeonato nacional de “Age Groups”, realizado em Peniche, local do 1º Triatlo alguma vez realizado em Portugal. É uma prova sempre especial.
Para mim, era a estreia em Triatlos Sprint este ano. Embora a tendência actual seja para participar em provas mais longas, estas provas são sempre nostálgicas. E muito sofridas também. As altas intensidades dão conta de mim:)
Presente estava eu, o Bruno, o César e o Leote.
Não tinha expectativa nenhuma para a prova. O objectivo era acabar, divertir-me e tentar aferir o meu estado de forma.
Quando deu o tiro de partida, lá meti a cabeça na água e tentei sair dali o mais rápido possível. Aqueles primeiros 13m são terríveis. Sofrimento físico, pirolitos e encontrões fazem parte do menu durante todo o segmento de natação.
Honestamente, nem sabia quem ia ao meu lado, à minha frente ou atrás de mim. Só queria sair dali! E curiosamente, eu o Bruno e o César saímos da água separados por menos de10s!
A 1ª transição foi rápida. Os problemas vieram quando pus os pés na bicicleta. Acho que me aconteceu de tudo neste segmento. Desde ter demorado uma eternidade a calçar um sapato, de me ter saído a corrente no inicio da 3ª volta, a ter partido o cubo da roda de trás na ultima subida da 3ª volta, a me ter enrolado com outro atleta na T2, foi uma verdadeira festa de percalços.
Mas acima de tudo, muita falta de pernas. Mesmo muita. Tinha capacidade para ir com os grupos mais fortes inicialmente, mas depois nas fases menos selectivas não conseguia recuperar e acabava por “morrer” na próxima dificuldade. Assim passou o Rui Simões, o Carlos Cabrita, o Fernando Carmo e muitos outros! Acho que estou a ficar…velho:)

Mas lá cheguei à corrida na companhia do Bruno. A partir dai fixei-me no objectivo de tentar alcançar o César. Procurei manter o Bruno “à vista” e correr o mais que sei (que como sabem não é muito:)). Ia com boas sensações e fui-me apercebendo que o Bruno se ia distanciando, mas muito lentamente. Era uma boa indicação. No final, acabei por fazer um bom segmento de corrida, embora não tenha chegado ao César por 9s! Verdade seja dita, porque ele correu muito bem. O melhor que já o vi fazer. Muitos parabens, César!
E mais uma vez, grande Bruno. Mesmo sem treinos de bicicleta, continuas imbatível!
E para ti Leote, sempre uma abraço especial. Lutas, lutas, lutas. Mas esses quilinhos a mais não perdoam!
Agora que venha Oeiras, outra das clássicas. Contaremos tb com o Luís Bicudo!
Até nos vamos comer para sair da água em 1º:)

Bons treinos