segunda-feira, 20 de julho de 2009

Triatlo de Aveiro. Cronica do Teles

O primeiro Triatlo Olímpico do ano. Uma prova nostálgica.

Desde que existe o Triatlo de Aveiro, que estava na minha agenda faze-lo.
A minha família paterna é de Ílhavo. Tenho casa na Costa Nova e sempre lá passei os meus Verões da adolescência. Esta praia é meu local de eleição. Aveiro foi o destino de muitas noitadas e bastantes boas recordações.
Decidi que deste ano não passava!
Tenho mantido as minhas rotinas de treino, apesar de andar sem nenhum objectivo concreto. A única limitação que tenho é na corrida. Tenho sentido dores na zona da anca sempre que aumento a intensidade. Por isso, limito-me a manter o volume evitando grandes intensidades.

Mais uma vez, não consegui organizar a minha logística de forma a levar a família, por isso, sabendo que a estacão de comboio era próximo do local da prova, decidi ir de comboio. Uma experiencia diferente, mas positiva.

Quanto à prova em si, apesar de não me ter corrido de feição, gostei bastante. Uma natação sem fato, num percurso original. Um ciclismo muito vivo, com vários retornos, algumas subidas curtas e curvas difíceis. E uma corrida de dureza média a passar pelo centro da cidade.

A natação não me correu bem. Cometi dois erros que influenciaram o meu tempo final. Se as partidas são sempre importantes, nesta prova ainda mais o são. Devido à pouca largura do canal, ao fim de 100m, existe um estreitamento do percurso de natação. É fundamental uma boa colocação nessa altura. Até me posicionei bem na largada, mas naveguei demasiado para a esquerda. A determinada altura, tive que fazer uma correcção na trajectória, o que me fez perder alguns lugares. O segundo erro foi na rondagem da bóia a meio do percurso. Existiam duas bóias unidas por um cabo a separar ambos os lados do percurso. Mas não me apercebi disso, e dirigi-me à 1a para a rondar. Cheguei mesmo a passar para o outro lado do percurso. Mas achei estranho ter passado por cima de um cabo:). Quando vi atletas a virem na minha direcção, fez-se luz na minha cabeça. Voltei a passar para o outro lado e segui o percurso correcto. No mínimo, de nabo!

Acabei por sair da água ligeiramente atrás do Carlos Gomes, que é um óptimo ciclista. Mas bastou aquela ligeira subida à saída da T1, para o ver ir embora. Acabei por apanhar “boleia durante ½ volta do Pedro Quintela. Mas precisava de um grupo maior para ir com ele. Em determinadas fases necessito sempre que o grupo estique um pouco para me recompor das acelerações! Andei tb durante algum tempo com o Guga, mas mais uma vez isolado.
A partir dos 16-17km rolei sempre só até final. Mas curiosamente, a partir dos 20km comecei a sentir-me bem. Encontrei o meu ritmo e fui sempre a andar bem. Acabei mesmo por alcançar o António Moura.
Ao chegar à T2, o filme do costume…mal tirei o pé direito do sapato, cambrea no bícepe de perna! Dores, muitas dores, e uma entrada “à coxo” na T2.
No entanto, sei que, se não houver grandes subidas na corrida, as cambreas não voltam.
E assim foi. As duas 1as voltas e corrida foram bastante sofridas, mas finalmente na 3ª soltei-me e a 4ª foi a melhor de todas. Deverei ter feito uns 43m baixos. Nada de especial.

No final, a certeza que não tinha sido a prova da minha vida, mas uma enorme satisfação por ter terminado, e saber que enquanto por aqui andar, é muito bom sinal!
Agora, irei de férias duas semanas em Agosto (uma delas para a Costa Nova) e provavelmente o regresso à competição deverá ser só em Setembro. Provavelmente no Triatlo de Setúbal.
Ainda estou na dúvida se irei ao Trialtlo longo de Zamora. A cenário cada vez é menos provável.
Bons treinos.