sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Maratona de Amesterdão - Resumo do Marco



Viva! Agora já lá vão duas!

Mas esta com menos dor e em menos tempo. Foram 3h05m03s a sofrer.

É verdade, ia bastante receoso, pois nas ultimas 3 semanas já andava a analgésicos com dores por trás do joelho. Talvez da muita carga. Com o aliviar do treino nas ultimas semanas as dores abrandaram.

A maratona correu bem , passei á meia maratona com 1h30m e ainda bem. Aos 30km as primeiras dores e com elas o abrandamento do andamento. Depois foi gerir até ao fim.

Tinham-me dito que Amesterdão tinha muito mais publico e mais atletas que em Lisboa. Isso ajuda na motivação. A juntar a isso, o tempo estava fresco e o percurso é todo plano. Resumindo, reuniram-se bastantes factores para uma boa corrida.

Já agora, para quem não conhece, Amesterdão vale mesmo apenas conhecer. Eles fazem tudo com as bicicletas, só vendo...

Em resumo correu tudo bem.

Um abraço

Fidalgo

Triatlo do Estoril - "Just a Perfect Day" - Crónica do Teles



Ultimo Triatlo do ano.

Já não competia desde a prova de Aveiro. E estive até à última semana sem saber se participaria. Não estava nos primeiros 80 do ranking e tive que pedir autorização para participar. A qual apenas chegou na semana na prova.
O treino andava algo sem foco. Especialmente a natação. Andava a nadar em média duas vezes por semana, mas sem grande estrutura e vontade de sofrer. A corrida tb andava pouco estruturada. Mantinha o volume normal de treino, mas sem planeamento. Tentei uma abordagem mais pragmática. Participar em provas de atletismo entre 10km a 15km. Mas apenas consegui fazer uma, pois a logística caseira, anda complicada. O ciclismo era o mais estruturado de todos. No entanto, por não andar a competir, não sabia onde estava. O descanso para a prova foi longe do ideal. O normal quando se tem uma família numerosa e um trabalho. Felizmente nas 3 noites que antecederam a provas, consegui dormir razoavelmente.·

O Domingo estava esplêndido para a prática desportiva. O Mar fantástico. Completamente flat, SOL e uma temperatura muito agradável. A partida foi dada à hora certa. 11h.

Dado estar "desconfiado" da minha natação, iniciei a prova com prudência. Assim que rondei a primeira bóia, procurei uns pés e assim fui durante mais de meia volta. Na entrada para a 2a volta, acelerei um pouco e passei os pés que estava a seguir. Via um grupo ligeiramente a minha frente, uns 20s. Tentei acelerar ainda mais um pouco, mas não conseguia encurtar a distância. Optei então por moderar o ritmo e ver se não perdia muito terreno. Ainda consegui ultrapassar um elemento desse grupo, mas apenas porque vinha em quebra. Assim que entrei na T1 percebi que as minhas normais referências estavam nesse grupo que tinha saído 30s à minha frente. O Bruno, o Jose Magalhães Dias e o Sica. Não era bom sinal, mas não era o fim do mundo. Sabia que viriam ciclistas fortes de trás.

Rapidamente me vi inserido num grupo de 4 elementos, onde o ritmo era baixo. Os grupos à nossa frente iam ganhando terreno ligeiramente. Mas reparei num elemento de vermelho que se vinha aproximando aos poucos. Era o Carlos Gomes. Agora era esperar e ver se conseguia ir com ele. No entanto, para minha surpresa, já no início da 3a volta, ele passou...mas inserido num grupo que nos estava a dobrar. O grupo do José Estrangeiro. Hesitei por breves momentos se iria responder, mas respondi. Talvez por uma questão de consciência (não e permitido ir na roda de grupos em voltas diferentes), numa fase inicial limitei-me a ir na sua roda. Tinha algumas dúvidas se conseguiria suportar o ritmo do grupo, mas percebi que sim. Até com relativa facilidade. Depois fomos absorvendo os pequenos grupos que seguiam na nossa frente. A entrada para a 8a volta, foi fácil perceber que o grupo dos "dobrados" já era superior ao dos atletas que entraram para a T2 nessa altura:) Desde a 6a volta que ia a sentir ameaças de cambreas e para as evitar, optei por fazer a T2 sem tirar os pés dos sapatos (é nessa altura que elas surgem). Isso fez-me perder algum tempo.

Não era relevante. Sabia que no meu estado de forma dificilmente ia conseguir correr depois daquele ritmo na bicicleta. E assim foi, uma corrida fraquita. O meu ritmo cardíaco andava entre as 155-160 bpm. Em condições "normais" deveria ir próximo das 165 bpm. As pernas pesavam e não conseguia imprimir um ritmo mais forte. A corrida até acabou por ser "pouco sofrida". Custou a gestão psicológica da 1a volta, mas depois foi tipo "piloto automático" ate final. No final, a enorme satisfação por ter terminado mais um Triatlo Olímpico, dentro de uma prestação algo surpreendente para o meu nível de forma actual.
Uma fantástica manha. No regresso a casa, já no carro, passou na radio o "Just a Perfect Day" do Lou Reed. Nem de propósito.

Paulo

Triatlo do Estoril - Crónica do Bruno



Boas,

Mais um Campeonato Nacional de Triatlo no Estoril.
Desta vez, num formato diferente, uma vez que se tratava da etapa final de uma série de quatro provas onde contavam os três melhores resultados e onde a pontuação na prova do Estoril seria a dobrar.
Tenho vindo a treinar com maior regularidade e as sensações têm sido boas.
A água convidava a um mergulho e o mar tinha as condições ideais. Atrevo-me a dizer que, nesta altura do ano, na Europa só em Portugal poderia haver condições como as deste fim-de-semana para a prática de um triatlo. Nem de encomenda.
Como fiz mais treinos de natação nas últimas quatro semanas do que no resto do ano, foi com alguma naturalidade que fiz o meu melhor segmento de natação desta época. No fim da primeira volta, vi à minha frente um pequeno grupo de nadadores. Não estavam longe e esforcei-me bastante para os apanhar. Como nadavam muito juntos perdiam algum tempo na passagem pelas bóias e foi precisamente na última viragem antes da saída para a praia que consegui estabelecer contacto com eles. Nada mau, desde o ano passado que não saía com aquele pessoal. Soube-me bem.
Uma boa transição e lá vamos nós para a dureza…
Encaixei bem atrás de um pequeno grupo e a coisa estava a correr bem. Pelo menos as primeiras voltas foram tranquilas…
Num dos retornos observei que vinha atrás de nós um grupo bastante numeroso com excelentes ciclistas e que rapidamente nos iriam absorver. Preparei-me para esse momento mas ele aconteceu no pior sítio possível, que foi no início da rampa mais difícil do percurso, pouco antes de um dos retornos. Ora, eu encontrava-me junto ao passeio e atrás do grupo onde estava inserido, grupo esse que não reagiu de imediato. Fiquei “entalado” entre o passeio e ciclistas menos fortes, o que fez que, quando pude acelerar, já tivesse alguns metros de atraso para o grupo da frente. Como sabem, após o retorno há uma descida pronunciada, seguida de uma curva complicada que antecede uma longa subida, embora pouco pronunciada. O tempo que tinha perdido não foi possível recuperar e fui vendo o grupo distanciar-se lentamente. O destino da minha prova traçou-se aí. Estávamos a meio do segmento de ciclismo.
Fiquei sozinho com um atleta sub-23 do Alhandra com um nível de ciclismo semelhante ao meu, para mal dos meus pecados. Um atleta madeirense que tinha vindo connosco desde a transição, quebrou muito e arrastou-se até ao fim.
Ao ver o grupo afastar-se desabafei com o meu companheiro que não devíamos ter perdido aquele pelotão, ele respondeu-me que não podíamos tê-lo feito por este não vir na nossa volta. Ficou surpreendido quando lhe disse que apenas os atletas da frente vinham com uma volta a mais do que nós e que a maioria dos ciclistas que vinham naquele pelotão tinham saído atrás de nós da água e que estavam a aproveitar o trabalho de ciclistas mais fortes.
É que dá fazer poucas provas. Não se conhece o pessoal nem se sabe o nível de cada um.
Lá fizemos pela vida até à segunda transição, onde chegámos bastante desgastados. Como estão “carecas” de saber, o facto de não treinar ciclismo faz com que chegue à T2 muito desgastado e que, quando começo a correr, não consigo imprimir um ritmo minimamente semelhante ao que tenho em treino.
Desta vez para ajudar à festa ainda passei por dificuldades durante a primeira volta com uma “dor-de-burro” nada usual em mim. Mas lá passou e tentei correr o mais depressa que consegui até à meta.
Cheguei ao fim com a sensação de dever cumprido mas com a consciência que podia ter ido mais longe.
Seria um bom final de época. Mas ao menos sinto que voltei a estar a um nível mais razoável e que para o ano estarei bem melhor do que estive nesta época que agora acabou.
Fiquei contente com a prova que fiz se bem que não foi tão bem conseguida com o a que disputei em Setúbal, foi mais parecida com a de Aveiro, infelizmente. Mas este ano havia a condicionante de serem poucos atletas em prova, ou seja, não teria muita companhia durante os segmentos de ciclismo e de corrida. Foi mesmo pena ter perdido aquele grupo pois tinha corrida para disputar outra classificação do que o 60º lugar. Portanto, tendo em conta todos os factores foi muito positivo.
Ouvi muita gente dizer que agora ia descansar. Farto de descanso estou eu. Pouco fiz durante o ano, portanto agora é tempo de treinar e preparar as próximas provas. Já no próximo Domingo disputa-se a grande (em organização, nível competitivo e participação popular) Corrida do Tejo. E em seguida irei preparar-me o melhor possível para a Maratona de Lisboa, em Dezembro.
Por falar em Maratona, os meus parabéns ao Marco Fidalgo que ontem terminou a Maratona de Amesterdão em 3.05.03. Muito bem! Espero que estejas contente e que para o ano consigas melhorar esse registo. Boa recuperação.

Para o resto do pessoal um forte abraço e bons treinos
Bruno

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Triatlo de Setubal - Novo Milagre do Bruno!



Boas,

Mais uma etapa do Campeonato Nacional, desta vez em Setúbal.
Quando cheguei ao local da prova vi que a coisa não ia ser fácil.
Umas setas na estrada indicavam uma subida bem difícil. Eu pensava que a fazíamos no ciclismo mas afinal era para a corrida…
O mar também estava difícil e afigurava-se uma natação muito “agitada”.
Depois de feito o check-in, fui aquecer para dentro de água e rapidamente verifiquei que a ondulação e corrente iam ser factores a ter em conta no segmento de natação.
Na partida “fugi” para o lado esquerdo para evitar a molhada do costume e os “desorientados” que andavam aos ziguezagues, visto ter sido muito complicado ver as bóias com aquela ondulação.
Se alguns já andam aos papéis com o mar calmo imaginem com ondas que nos fustigavam com alguma violência.
O início foi bastante complicado mas a partir do momento em que fiquei mais liberto de companhia, pude imprimir um ritmo bastante aceitável, sempre a lutar com as condições adversas do mar.
Depois de uma primeira transição perfeitamente normal, comecei a pedalar e não demorou muito a passar um grupo que me parecia ir a um ritmo aceitável para as minhas capacidades.
As coisas até não correram mal. Havias zonas de empredado e curvas bastante apertadas que tornavam o ciclismo algo técnico e era preciso ter alguma atenção.
No fim da terceira volta passei por algumas dificuldades físicas e tive que deixar o grupo ir embora. Rolei uns kms ao meu ritmo com dois retardatários na minha roda até que apareceu outro grupo a rolar a um bom ritmo. Como tinha descansado um pouco, aumentei o ritmo, deixei os meus companheiros de ocasião e juntei-me a este novo grupo. O ritmo era muito forte e foi com algum esforço que me aguentei com eles. O trabalho era feito por apenas dois triatletas que iam a pedalar muito bem. No retorno mais distante do PT, vi que era o único que tinha conseguido seguir na roda daqueles ciclistas o que me deu alento para aguentar até ao fim pois faltava apenas mais uma volta e meia. Na última volta ainda ganhámos algumas posições pois há sempre pessoal a dar o “estoiro”, ou pelo menos a acusar algum desgaste ao fim de 40 kms. Andou-se bem depressa em Setúbal.
Quando comecei a correr, senti-me bem e com vontade de recuperar o maior número possível de lugares. Ao fim de algumas centenas de metros aparece uma “senhora” subida com uma inclinação muito grande e que durava e durava…
Não me lembro de uma subida tão dura num triatlo. Ainda por cima tínhamos que fazê-la quatro vezes… não foi nada fácil.
Dei tudo o que tinha e no fim fiquei bastante contente com a minha prestação.
Uma palavra de incentivo e apoio para o Jorge neste regresso aos triatlos, logo num “olímpico”. Agora é continuar com a motivação em alta.
Tenho vindo a sentir-me melhor de dia para dia e espero sinceramente que seja desta que, definitivamente, volto a treinar “normalmente” de maneira a conseguir desempenhos mais “aceitáveis”.

Um abraço e bons treinos
Bruno

Triatlo de Setubal - O Regresso do Jorge

Viva, Viva,

Setúbal,

Sem dúvida que tinha grandes expectativas por esta prova, por ser “Olimpica” e por ser em Setúbal, onde os meus sogros moram como tal conseguia ter uma deslocação tranquila, uma vez que a família ficava entretida, enquanto eu ia brincar aos atletas…

Outra coisa engraçada foi poder ir á Lance, ou seja fui de bike, fiz e prova e voltei de bike…. Ganda pinta..

Para começar duas novidades, nome no PT ….. e tempo máximo por segmento….

E aqui começou o stress pois a água estava com ondulação e aparentemente com corrente forte (uma das bóias não parava de ser arrastada).. o que me levou a ter receio de exceder o tempo máximo.

Mas apito e lá vamos nós de máquina de lavar….. e até não estava assim tão mau, apenas tínhamos que sincronizar o momento de respiração com a subida na onda, pois caso contrário estávamos a meter água.

No fim da primeira volta estava com 15 minutos o que me deixou descansado, e a segunda volta foi ligeiramente pior possivelmente pelo acumular do cansaço , mas senti aquele feeling de Maratona, na qual quando completamos metade da prova ainda vamos frescos como se tivesse acabado de começar, … é tudo uma questão de mind…

A transição não foi má, até deu para calçar meias pois não estou habituado a correr 10km descalço.

E lá começou o ciclismo, o percurso não é mau, muito rolante mas com partes com paralelo péssimas.

Como é habitual, a minha passagem de deitado para o ciclismo faz com que durante um certo tempo (em Setúbal 2 voltas) me sinta enjoado e a libertar pedaços não digeridos…. Como estava a 175Bpm optei por ir sozinho de forma a baixar o ritmo, não sofrer, gozar e prova, pois esta era longa. Só na 4ª volta é que apanhei boleias, e sem dúvida que o ritmo em companhia não tem nada a ver… é passar de 28 para 38km…

Nova transição rapidita.. e lá começou o segmento mais fácil para mim, mas tb o mais exigente fisicamente. Aqui o problema foi uma subida realizada 4 vezes, para depois descer sempre com carros por companhia em fila, o que não é melhor coisa. Penso que comecei bem, mas o cansaço acumulado foi implicando um decréscimo de ritmo.

E lá acabei o Olímpico….. feliz e mais fresco que no Aquatlo. ..

O problema é depois….quando olhamos para os parciais, e parece que andámos a passear… tento ser racional e pensar que sem treino consistente não posso exigir grandes tempos, tenho que sentir que as provas são puro gozo e não sacrifício.

E agora Maratona em Dezembro e pelo meio um curso de natação… para descontrair

Abraços

Novo Milagre do Bruno

Boas pessoal,

Serve o seguinte texto para resumir a minha participação na Maratona de Berlim deste fim-de-semana. Fiz a marca de 3h 04m 57s. 1493º entre quase trinta mil participantes.
Basicamente fiquei a 5 segundos da minha melhor marca, em Lisboa, conseguida há dois anos.
Até aos 30 kms ia para um tempo abaixo das 3 horas mas a partir daí o cansaço era muito, as pernas pareciam ter chumbo e os kms cada vez maiores.
Aos 35 kms ainda ia com ideias do RP mas não deu. No último km era tanta gente a aplaudir que me deixei ir na onda, comecei a acenar ao público e nem me preocupei com o tempo final.
O pior ainda estava para vir. Comecei a ter sensações estranhas pouco depois de ter sido massajado por duas belas alemãs (só isso valeu o preço da inscrição…).
Tive de me deitar algumas vezes pois não me conseguia equilibrar. Escusado será dizer que foi um enorme suplício chegar até à “hostal” onde estava alojado. Fiquei mesmo muito maltratado.
Depois de mais esta experiência dou por mim a pensar que ando a levar o meu corpo a extremos há demasiado tempo e isso tem de mudar. Digo sempre isto mas tenho mesmo de fazer algo para mudar esta situação. O mais fácil será mesmo treinar...
Das nove maratonas que finalizei, esta foi a fiz com menor preparação e o resultado até nem é muito mau. Um percurso rápido, um extraordinário apoio do público e uma dose enorme de espírito de sacrifício e força de vontade fizeram com que mesmo sem o treino que considero minimamente adequado para a distância da maratona conseguisse finalizar mais este desafio.
Espero conseguir preparar-me melhor para a Maratona de Lisboa, em Dezembro. O objectivo será apenas preparar-me bem sem me preocupar com tempos ou classificações, tal como o fiz para Berlim, só que desta vez espero mesmo treinar…

Bruno

Um abraço e bons treinos
Bruno