quarta-feira, 2 de junho de 2010

Triatlo de Aveiro - Cronica do Bruno

Boas pessoal,
Como andam um pouco afastados das lides, venho dar-vos conta do que foi a prova deste fim-de-semana em São Jacinto, Aveiro.Pode ser que vos sirva de incentivo para participarem em mais provas. E em particular triatlos longos, para os que ainda não experimentaram. São sempre provas marcantes.

O sítio é muito giro e com óptimas condições para o triatlo. O tempo estava óptimo e estavam reunidas as condições para uma excelente jornada de triatlo.A natação correu normalmente, o que hoje em dia, para mim, é muito bom e raro. Não houve atropelos nem confusões e pude fazer uma prova sossegada se bem que para isso tive de me afastar da rota ideal para fugir ao “tráfego”.

A seguir foi subir para a bike e dar ao pedal. A coisa ao início não correu de feição. As sensações não eram as melhores mas com o passar dos kms comecei a ficar mais confortável. O vento foi ficando mais forte e as dificuldades aumentaram mas tentei não baixar o ritmo. As voltas foram passando e continuava a pedalar a um ritmo bastante aceitável e posicionado nas barras o que revela vou ficando mais confortável naquela posição, mas faltam mais kms, muitos mais kms de treino para poder andar à velocidade que julgo poder atingir numa prova desta distância.
Quando entrei para a última volta ouvi um pequeno estalo logo seguido de um leve assobio. Foi a primeira vez que tive um furo com esta bicicleta. Algum dia tinha de ser.Não me safei nada mal, tendo em conta que foi a primeira vez que usei um cartucho de CO2. Dei-me bem com a operação, sempre arriscada, pois não há segunda tentativa. Depois de tudo estar novamente operacional lá voltei à prova. Felizmente que o furo deu-se já perto do fim pois já não consegui voltar ao ritmo que trazia, nem lá perto. Os minutos que estive parado, o stress da operação e o calor que já se fazia sentir não foram nada benéficos e o meu tempo final neste segmento reflecte isso mesmo.A segunda transição não demorou a aparecer e em boa hora, pois a última volta foi algo penosa.

Quando comecei a correr foi algo estranho, porque, a seguir ter ultrapassado dois triatletas que tinham saído logo à minha frente da T2, não via ninguém. Onde estava toda a gente? Só quando cheguei a uma longa avenida que dava acesso à praia de São Jacinto é que vi onde andava todo o pessoal que me tinha ultrapassado durante o segmento de ciclismo. O Paulo vinha logo à minha frente, mas já com uma volta a mais. E como ele muitos. A quem ia ultrapassando tentando manter um ritmo forte. Preocupei-me em hidratar-me bem pois o calor estava a apertar. Alimentei-me bem durante o ciclismo pois não gosto de tomar nada durante a corrida. O esforço e o sofrimento são tantos que qualquer coisa que tente enfiar na boca me cai mal. Fiquei surpreendido pois apercebi-me que era um dos mais rápidos em prova. Apenas fui ultrapassado uma vez por um dos triatletas lá da frente que ia finalizar a sua prova quando ainda me faltavam duas voltas para acabar a minha… Forcei o mais que pude e cheguei com a sensação de ter dado tudo.

Dou-me bem com provas em circuito e fiquei satisfeito com a minha prestação. O tempo final ficou em 5h 09m. Não fosse o contratempo do furo e tenho a forte convicção de que teria baixado das cinco horas. Mas ficou a satisfação de ter corrido a um bom nível, ter nadado novamente a um ritmo constante e sem confusões (dificilmente isso acontecerá em Peniche e em Oeiras).
No fim estavam todos satisfeitos com a qualidade da prova que espero se mantenha no calendário nos próximos anos.Espero vê-los brevemente num dos triatlos que se avizinham.

Bruno

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