terça-feira, 22 de junho de 2010

Triatlo de Vila Viçosa

No passado Domingo decorreu o Triatlo Olimpico de Vila Voçosa.
Prova que tem a particularidade de o segmento de ciclismo ser disputado "sem roda".
Para mim, esta distancia e este modelo de prova, são o verdadeiro espirito do Triatlo. Não que me beneficie. Muito pelo contrário. Sou um grande "chupa rodas". Mas o resultado final reflete o valor de cada um. Sem "espinhas".
Mais uma vez, por questões de logistica pessoal, não fui. Mas para o ano, já está na agenda.
O GAA esteve representado pelo João Martins e pelo novo elemento Pedro Santos. Ambos tiveram boas prestações. Saliento o 2º lugar do João no escalão V2!! E sei que ele consegue fazer bem melhor. Foi a primeira vez que se aventurou nestas distancias. Acabou por não conseguir correr ao seu nivel. Mas com o tempo vai lá!!
Pedro, bem vindo!!

Como vem sendo habitual, o Bruno Silva tb lá esteve. Embora este ano a representar outro clube, o facto de nos continuar a acompanhar e de ter estado 10 anos ligado ao clube, confere-lhe um estatudo de "eterno". E que grande prova ele fez. Especialmente aquela corrida!!

Junto segue a sua cronica

"Mais uma prova. Foi pena não terem ido porque a prova é espectacular. Vale a pena. Para o ano façam por ir que não se arrependem. Mas treinem bem que é dura...

Aqui está o meu relato:


Uma prova que há alguns anos não se realizava, mas que tem uma mística que pude comprovar. Sem dúvida uma prova fantástica que farei por repetir sempre que se realize.

O dia começou logo com uma boa notícia, a água estava a 24º, logo, seria um segmento de natação feito sem o uso de fato isotérmico. À esmagadora maioria do pessoal não agradou nada esse pormenor a mas mim facilita, e de que maneira, a minha tarefa. Se a isso juntarmos o facto de estarem apenas 100 triatletas em prova, estava tudo de feição para um bom início de prova.

Em provas “sem fato” saio bem mais à frente do que nas outras pois o fato não me beneficia a técnica de nado. Ou melhor, aos outros é que ajuda, e muito! Ontem isso foi bem evidente.

Sai com um grupo de triatletas que costumam sair bem à minha frente da água, entre eles estavam o L. Barruncho que saiu cinco segundos à minha frente do parque de transição, o C. António (ambos do Olímpico de Oeiras), o P. Sequeira do Peniche e para minha surpresa o Pedro Santos do GAA VFXira, como o tinha conhecido minutos antes, não o reconheci. Pelos tempos que vi na classificação geral, começámos a pedalar ao mesmo tempo mas ele foi ficando para trás. Foi dos poucos ;)

O percurso era duro mas muito divertido pois raramente havia troços planos e os que havia, eram curtos. Gostei muito. Obviamente as ultrapassagens iam acontecendo, mas a ritmo menos constante que estava à espera, o que indicava que não ia a fazer uma má prova. Por exemplo o Carlos Gomes só me ultrapassou depois dos 30 kms. E outros triatletas que esperava vê-los passar por mim, como os meus companheiros de equipa, nunca o chegaram a fazer, pois a vantagem que trazia da natação era grande.

Cheguei à T2 bastante satisfeito com o meu segmento de ciclismo, embora tivesse perdido muitas posições ao longo dos 39 kms do percurso.

Quando comecei a correr as pernas iam algo pesadas, mas não era o único… Ao chegar ao castelo, duas rampas duríssimas faziam muita mossa e, pensar que as tínhamos de percorrer por quatro vezes fez-me ganhar ânimo pois este tipo de percurso é-me favorável, a maioria do pessoal perde muito tempo para mim neste tipo de subidas íngremes. A partir do meio do segmento de corrida aumentei o meu ritmo pelo que as minhas duas últimas voltas foram bastante fortes conseguindo recuperar várias posições na classificação. Não deu para compensar as que tinha perdido no ciclismo mas foi o que se pode arranjar…

Concluindo, foi uma prova muito bem organizada, com excelentes percursos e onde voltei aos bons desempenhos. Não esperava. Era uma prova “sem roda”. Mas o facto de se ter nadado sem fato compensou esse factor. E o pormenor de não andar a treinar nem corrida nem ciclismo também não ajuda… Mas é da maneira que chego fresquinho às provas no fim-de-semana. Estou a seguir o exemplo do César…

Sempre soube que a distância olímpica é aquela onde tenho melhor desempenho, pois, como não faço qualquer tipo de treino de intensidade, nas distâncias mais curtas dos Triatlos sprint não me permitem andar junto dos triatletas que considero serem do meu nível, como o Bruno Pais ou o João Silva…JJJJ

Vamos ver se com esta prova ganho novo ânimo para treinar mais.

Espero ver-vos brevemente numa próxima prova. Na Corrida das Fogueiras para alguns, no Triatlo do Zêzere para outros"


Um abraço e bons treino

Paulo

1 comentário:

Anónimo disse...

Boa Bruno, grande prova. Mas para chegares ao nível do Bruno Pais e do João Silva, tens que treinar um pouquinho mais. Boa surpresa do Pedro Santos. Também acho que o João tem potencial para melhor, apesar do agradável 2º lugar no escalão. Até Peniche. Olímpio