segunda-feira, 4 de maio de 2009

Triatlo Longo de Lisboa - Crónica do Paulo

Como prometido, cá vai o resumo da minha prova.

Apesar de ter tido um descanso longe do ideal na semana que antecedeu a prova, desde 5a feira que me sentia bem e preparado para o evento. Após uma noite mal dormida (por vezes ainda me sucede no dia antes das provas), levantei-me com as galhinhas, comi, equipei-me e rumei na direcção da Expo.
Fiz o check in tranquilamente por volta das 7h. Durante o mesmo cometi um erro de principiante, que me poderia ter afectado bastante a prestação no segmento de ciclismo. Para transportar a bicicleta no carro, tirei ambas as rodas. Quando voltei a por tudo no lugar...não experimentei o material. Já vos conto o que sucedeu.
Socializei um pouco e com calma dirigi-me para a rampa da marina. Vesti o fato, meti-me na água e fiz 10m de aquecimento muito ligeiro. Procurei colocar-me bem na linha de partida e GO...parti!
As primeiras braçadas foram mais “submarinas”. Os bons nadadores vieram de trás e passaram literalmente por cima de mim. Mas nada que me tenha intimidado. Segui no meu ritmo confortável, sempre à procura de uns pés e tentando fazer o caminho mais directo para as bóias. Durante todo o percurso levei muita "porradinha" mas nunca me saltaram os óculos ou me doeu alguma coisa.
Sai da água e vi 32m no relógio. Em linha com o previsto. A T1 foi pacífica, feita com muita calma e com a perfeita noção que a dureza ia começar...agora. E os problemas começaram mal acabei de subir a rampa de acesso a avenida da Expo. Quando tentei pôr o pedaleiro grande...não consegui! Algo tinha sucedido ao desviador dianteiro. Fazer a prova sem o pedaleiro grande ia-me afectar muito nos percursos a favor do vento. Felizmente, a 1a parte era contra o vento, e usando o andamento maior na cassete traseira e uma cadência alta, conseguia manter um bom andamento. O sensor de velocidade também tinha ficado desalinhado e o monitor mostrava velocidade zero! Mas aqui tudo bem, a minha ideia era controlar a prova por ritmo cardíaco. A velocidade era irrelevante.
A minha estratégia para resolver a questão dos andamentos era desmontar após o retorno de Sta Iria e colocar o pedaleiro grande à mão! Mas não foi preciso faze-lo. Mal fiz o retorno, a mudança entrou. A partir daqui nunca mais a tirei. Fiz sempre a subida antes do retorno do ic2 no andamento mais leve na cassete traseira. Era obrigado a pedalar entre as 60 e as 70 rpm, mas não quis arriscar não conseguir voltar a por a pedaleiro grande.
O ciclismo foi feito a bom ritmo. Ligeiramente acima do meu plano original. A estratégia passava por evitar passar os 150 bpm. Mas especialmente na 2a volta, cheguei a andar perto dos 155 bpm. Comecei a sentir algum desgaste na terceira volta, mas nunca quebrei muito de ritmo e comecei a passar alguns atletas que iam em nítida perda. Era um bom sinal.
Nestas provas, se o ritmo adoptado for o correcto, é normal que o cansaço apareça no último quarto do segmento. Procurei igualmente comer e hidratar-me bem.
Faltava ainda o maior dos desafios. Correr os 20km. Sabia que os primeiros km da corrida iam ser difíceis. O corpo vinha moído do ciclismo e precisava adaptar-se a corrida. Comecei com prudência, mantendo o ritmo cardíaco nas 150 bpm. A estratégia passava por correr nos 155 bpm. Esperei soltar-me e acelerar um pouco. Mas...isso nunca sucedeu. Fui sempre à procura das pernas, as quais nunca encontrei. O sofrimento foi constante. No entanto, tentei perceber a que ritmo ia. Contabilizei aproximadamente 23m na segunda volta. Comecei a fazer contas, e pelo andar, se não quebrasse, faria qualquer coisa entre 1h32m e 1h34m. Nada mau...para quem tinha feito 1h37m no ano anterior. Deu-me algum ânimo. Acabei por quebrar ligeiramente e fazer 1h34m certos. Dado o meu (fraco) nível de corrida, até foi razoável. No entanto, sinto que a corrida pagou a factura de falta de km no ciclismo. Fico com a sensação que a melhorar algo, será correr um pouco melhor (2 a 3m).
É verdade que queremos sempre melhorar. È isso que muitas vezes nos dá a motivação e nos faz levantar da cama para treinar. Mas honestamente, no meu caso, com trabalho e família nas linha das frente das prioridades, se conseguir manter este nível, já me dou por muito satisfeito.
O importante é não parar.
E o bichinho anda a moer. Pode ser que vá a Zamora em Setembro. Decido durante o mês de Julho.

Bons treinos


1 comentário:

Anónimo disse...

Parabéns Paulo. Concordo contigo, com outras prioridades, manter já é muito bom. Olímpio