quarta-feira, 30 de abril de 2008

Ultima Semana - Parte 1

Já está. Missão cumprida. Tempo final: 4h 43m
Muito sofrido mas conseguido!
Primeiro a semana.
Fui continuando a reduzir o volume e mantendo alguma intensidade, mas pouca! E fui-me sentindo menos cansado, mas nem por isso muito fresco. O dia anterior à prova também não terá sido o ideal. Tive uma manhã familiar agitada e de tarde fui ao briefing da prova. Viagens para a frente e para trás, acrescido ainda de todo o stress de verificar/preparar o material, deixaram-me algo moído.
Para não variar, acabei igualmente por não dormir as horas que gostava e devido a alguma ansiedade normal nestas situações, estive uma meia hora acordado durante a noite.
No dia da prova acordei cedo. Eram uma 5h30m da manhã. A primeira coisa que fiz foi comer. Nada fora do típico pequeno-almoço, apenas mais alguma quantidade. Vesti-me e dirigi-me para o local da prova (todo o material já estava preparado). Fiz o check in por voltas das 6h45m.
E é realmente fantástico ver um parque de transição com 600 bicicletas. Tem outro impacto!
Até ás 7h30m fiquei a socializar com outros atletas e a “beber” o ambiente e o amanhecer, que estavam fantásticos.
Às 7h45m dirigi-me para a água para fazer um breve aquecimento. 10m no máximo. Nestas provas muito longas, para o meu nível, procuro não gastar muitas energias no aquecimento. Vou aquecendo durante a mesma.
A partida foi ligeiramente atrasada, mas ás 8h05m lá fomos. Apesar de sermos 600 atletas, muitos preferiram partir da rampa de acesso à marina (a linha de partida era dentro de água), o que facilitou bastante a esperada confusão inicial. Mesmo assim, houve muita “pancada”, especialmente até à primeira bóia. Nada que me tenha afectado muito.
Assim que “ganhei o meu espaço”, adoptei um ritmo confortável e lá fui indo, procurando desfrutar o mais possível. Quando sai da água e olhei para o relógio, vi 32m! Achei bom, talvez bom demais para ser verdade. Contava sair com 34-35m! A explicação não estava na minha performance, mas sim no facto de a distancia ter menos 100m que o previsto!
A T1 foi tranquila. Tudo muito nas calmas e a procurar pensar pouco no que ainda tinha pela frente. Ainda a procissão ia no adro…
Assim que me instalei no percurso de ciclismo, procurei não me preocupar com restantes atletas, e concentrei-me em não ultrapassar o ritmo cardíaco e a potência planeada para o segmento. Fui comendo as barras energéticas e procurando hidratar-me como deve ser. Tudo correu bem durante as 3 primeiras voltas. Na quarta e última comecei a sentir que a fadiga me estava a “assaltar”. Os sintomas eram óbvios e os dados científicos não deixavam margem para dúvidas. Para o mesmo ritmo cardíaco a potência tinha caído uns 20W e a percepção de esforço estava a aumentar. Por momentos fiquei apreensivo. Ainda tinha uma meia maratona pela frente e o calor estava a aumentar, o que no meu caso é mau. Mas procurei não pensar muito no assunto, e decidi adoptar um ritmo mais tranquilo no último retorno de Santa Iria.

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