segunda-feira, 3 de março de 2008

Maratona BTT Camarnal - Crónica do Bruno

Amigos,

Este passado fim-de-semana realizou-se a maratona de BTT do Camarnal, no concelho de Alenquer. A data de prova e a proximidade do local, tornam-na ideal como preparação dos Duatlos/Triatlos que aí vêm. Aqui fica um relato da prova.
Depois de alguns minutos de amena cavaqueira com os membros da nossa equipa que também participaram, o Mário Couto e o Luís Bicudo, lá arrancámos para o percurso (60 kms) no meio de um intenso nevoeiro que rapidamente se dissipou.
As dificuldades é que não demoraram a surgir.
O percurso estava dividido pela Auto-Estrada nº 1 e a primeira parte desenrolava-se no lado Este. Um percurso técnico, demasiado técnico para mim. Partes haviam onde era exigido dos participantes autênticos malabarismos em cima da bicicleta.
Como é óbvio passei largos minutos apeado a empurrar a minha companheira de aventura.
O pior foi quando apareceu uma longa recta completamente preenchida com um lamaçal que acrescentou alguns quilos às bicicletas. Tive de parar mais uma vez para arrancar grandes bocados de lama porque simplesmente as rodas tinham bloqueado com a quantidade de lama que se tinha acumulado junto aos travões.
A bicicleta nunca mais funcionou normalmente e foi por pura teimosia que não segui as setas que indicavam o percurso mais curto (30 kms). Por esta altura, nem metade do percurso tinha percorrido, já tinha a bicicleta em muito mau estado e muitos minutos passados a empurrá-la. Vontade não me faltou mas em boa hora não o fiz.
Passámos para o lado Oeste da A1 e a qualidade dos trilhos melhorou muito. Embora a bicicleta estivesse com muitos problemas consegui imprimir um ritmo forte. Nesta altura comecei a ultrapassar muitos participantes mas os problemas faziam com que tivesse de parar constantemente e novamente lá passavam todos por mim.
Na parte final o terreno era propício a grandes velocidades e aí deu para andar um pouco mais depressa.
Deu para ver (não que tivesse muitas dúvidas) que o BTT não é definitivamente o meu futuro… Se tenho alguma força, nem que seja força de vontade, quando aparecem percursos mais técnicos, perco muito, mas mesmo muito tempo, para toda a gente. Ainda recupero algum tempo nos estradões, mas ontem o percurso (principalmente a 1ª parte) era fértil em “singletracks” e trialeiras, algumas abertas propositadamente pela organização para dificultar ainda mais a vida aos participantes, talvez com o intuito de provocar maiores diferenças entre os atletas da frente.
Lá cortei a meta e a seguir veio o melhor. Uma excelente massagem (da mesma equipa que estava no Duatlo do Jamor) e um bom almoço. Bem merecidos…
O balanço não é muito positivo. Não gostei do percurso (apreciei muito mais o da prova da Ota). A bicicleta ficou num estado lastimável, em termos de treino foi apenas razoável (um treino na estrada teria rendido muito mais), mas felizmente não me aleijei (se bem que não me livrasse de uns quantos sustos) e esta semana estarei em condições de continuar os treinos com vista à meia maratona de Lisboa.
Pelo meio temos o Duatlo Cadaval já no próximo Domingo, onde espero que toda a equipa tenha um bom desempenho como os que teve até agora.
Sei que a maratona de Barcelona não correu muito bem ao Manuel Batista. Nada que o faça desanimar. Acontece. E numa prova tão complicada como a maratona é mais fácil de existirem estes contratempos. O importante é não desanimar que dentro de duas semanas temos a prova da ponte 25 de Abril. Força Manuel!
E boa sorte também para os que irão participar na Corrida das Lezírias. Tenho pena de não ir, mas o calendário assim o exige. Não se pode ir a todas.

Um abraço e bons treinos
Bruno

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